Parcelamento de dívida do Fies pode ajudar inadimplente a colocar conta em dia

Da Redação*
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Publicado em 31/10/2018 às 20:41.Atualizado em 28/10/2021 às 01:33.
 (Maurício Vieira/Arquivo Hoje em Dia)
(Maurício Vieira/Arquivo Hoje em Dia)

Mais de 500 mil estudantes que têm dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) poderão renegociar os débitos. O montante chega a R$ 10 bilhões, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). A medida foi aprovada nesta quarta-feira (31) pelo Comitê Gestor do programa. 

A adesão dos inadimplentes poderá ser feita até 31 de dezembro de 2019. “Abrir essa possibilidade é importante para que essas pessoas possam ter uma tranquilidade para a sua vida e também para o governo, que vai buscar manter uma boa condição em relação ao pagamento”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares.

A resolução que autoriza o benefício deve ser publicada nesta quinta-feira (1º) no Diário Oficial da União (DOU). As regras serão definidas posteriormente, após reuniões de representantes do MEC com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF), que operacionalizam o financiamento.

Estratégias

A medida anunciada ontem é uma das estratégias do governo federal para reduzir a quantidade de beneficiários do Fies inadimplentes. Em setembro, balanço divulgado pela União mostrou que 57% dos contratos em fase de amortização estavam com o pagamento atrasado.

Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de um total de 727.522 benefícios concedidos, 416.137 (57,1%) tinham parcelas em aberto. 

Dentre esses está a técnica de sistemas de informação Lorrayne Costa Araújo, de 26 anos. Ela concluiu a graduação em julho de 2016 e, desde então, deveria estar pagando R$ 89 mensais para quitar os estudos. “O problema é que me formei no meio da crise econômica, não encontrei emprego e não tive como pagar a dívida, que foi só aumentando”, comentou. Hoje, com os juros, o débito deve chegar a R$ 2,5 mil.

Apesar de não saber ainda como será o processo de renegociação, a jovem está confiante de que poderá se livrar do problema. “Desde junho estou trabalhando em uma loja e faço corridas por meio de aplicativos de passageiros. Não é o suficiente para quitar a dívida de vez, mas, em parcelas, vai dar”.

*Com o repórter Bruno Inácio e agências

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