"Já estamos em alerta. Todos os brigadistas estão mobilizados. Neste tempo seco, aumentam os incêndios criminosos", afirmou, preocupado, Henri Collet, gerente do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, na Grande BH. De junho a agosto foram registrados 30 focos de incêndio na área de conservação.
"Nosso tempo de resposta para começar a combater os focos é de 12 minutos. Precisamos ser rápidos porque na vegetação seca o fogo se espalha rápido", explicou o gerente do parque. Atualmente, a área possui 20 brigadistas e conta ainda com outros 14 brigadistas da Copasa.
O último incêndio no Rola-Moça ocoreu na área externa do parque, próximo ao viaduto da Mutuca, na tarde dessa quarta-feira (17). Ele durou até a madrudada desta quinta-feira (18) com trabalhos de rescaldo durante o período da manhã. Segundo a direção do parque, 10 hectares foram destruídos. Veja foto abaixo:
O apelo é para que visitantes do parque, que tem quatro mil hectares, sejam cuidadosos, principalmente com guimbas de cigarro. "O fogo prejudica a natureza, destrói a fauna, mata os animais e polui o ar. Todo cuidado é importante", pediu Henri Collet.
A área de conservação da Região Metropolitana de Belo Horizonte é uma das mais importantes de Minas Gerais. O parque abrange quatro municípios: Belo Horizonte, Brumadinho, Nova Lima e Ibirité.
Além da beleza natural exuberante, visitantes podem apreciar espécies da fauna como lobo-guará, onça-parda, carcará e outras aves como a canela de ema, espécie símbolo do parque.
Outro destaque do Rola-Moça são as várias espécies de orquídeas, bromélias e cactáceas, em meio aos biomas como cerrado e Mata Atlântica, com ocorrência também de campo rupestre ferruginoso.
Quem visita o parque pode se integrar diretamente com a natureza por meio das trilhas, seja para caminhar, seja para andar de bicicleta. Vale ressaltar ainda os seis mananciais do Rola-Moça, responsáveis pelo abastecimento da região Metropolitana. São eles: Rola-Moça, Taboões, Bálsamo, Catarina, Barreiro e Mutuca. Todos declarados pelo Governo Estadual como Áreas de Proteção Especial.
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