Vale do Jequitinhonha

Patrimônio de Minas, Queijo Cabacinha ganha regulamentação que amplia acesso a novos mercados

Produto foi declarado patrimônio cultural e imaterial do Estado em 2023

Do HOJE EM DIA*
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Publicado em 15/05/2025 às 15:37.Atualizado em 15/05/2025 às 16:12.
Casal Renato e Adriana Rocha, produtores de Queijo Cabacinha em Pedra Azul (Diego Vargas / Seapa MG)
Casal Renato e Adriana Rocha, produtores de Queijo Cabacinha em Pedra Azul (Diego Vargas / Seapa MG)

Produzido há cerca de 80 anos e patrimônio cultural e imaterial de Minas, o Queijo Cabacinha passa a ter regulamentação própria. Na prática, a medida amplia aos produtores as oportunidades para habilitar queijarias em sistemas oficiais de inspeção. Cerca de 160 produtores da região do Vale do Jequitinhonha devem ser beneficiados.

O chamado Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Queijo Cabacinha foi anunciado nesta quinta-feira (15) pelo governador Romeu Zema, em Pedra Azul. A portaria do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que detalha a regulamentação, foi embasada pela pesquisa coordenada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

O trabalho foi feito em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e o Instituto Federal do Norte de Minas (IFNMG), com recursos de emenda parlamentar.

Queijo Cabacinha

A região caracterizada como produtora do Queijo Cabacinha abrange os municípios de Cachoeira do Pajeú, Comercinho, Divisópolis, Itaobim, Jequitinhonha, Joaíma, Medina, Pedra Azul e Ponto dos Volantes. A produção anual está em torno de 214 toneladas, com presença significativa da agricultura familiar, que responde por mais de 90% das queijarias. 

O queijo, de herança cultural italiana do caciocavallo, é produzido artesanalmente a partir de leite cru, coalho e soro-fermento lácteo, sendo a massa pré-cozida e moldada manualmente no formato de cabaça, fruto da cabaceira.

Produtores comemoram regulamentação

Em Pedra Azul, o casal Renato e Adriana Rocha, trabalha exclusivamente com esse queijo, a partir da tradição familiar da mulher. Renato acreditou no negócio e deixou o emprego anterior. Hoje eles produzem em torno de 20 queijos por dia.
 
"O Queijo Cabacinha está tendo uma visibilidade que nunca teve. Agora, podemos vender nosso queijo para qualquer local, sem o risco de perder. Além disso, vamos poder participar dos diversos concursos", afirma Renato Rocha.
 
Em 2023, o Governo de Minas declarou o Queijo Cabacinha do Vale do Jequitinhonha como patrimônio cultural e imaterial do Estado. Em 2014, a região foi reconhecida pela produção do queijo artesanal.

*Com informações da Agência Minas

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