'Tolerância zero'

PBH entra com 274 ações contra empresas de ônibus por dívida de R$ 14,3 milhões

Processos envolvem 27.707 multas aplicadas àquelas que descumpriram cláusulas contratuais

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
31/01/2024 às 18:27.
Atualizado em 31/01/2024 às 18:41
Fiscalização da prefeitura de BH (Adão de Souza / PBH)

Fiscalização da prefeitura de BH (Adão de Souza / PBH)

A prefeitura de Belo Horizonte divulgou, nesta quarta-feira (31), que foram ajuizadas 274 ações de execução fiscal envolvendo 27.707 multas aplicadas a empresas de ônibus que descumpriram cláusulas contratuais. Os processos envolvem a cobrança de R$ 14.355.501,59. Um grupo de 15 procuradores do município foi encarregado de acompanhar as ações, que vão tramitar nas varas de Feitos Tributários.

A Prefeitura de BH estima que cerca de 100 mil multas sejam cobradas na Justiça, o que corresponde a algo em torno de R$ 47 milhões. A expectativa é que nos próximos dias a PGM lance novas fases com o ajuizamento de mais ações.

Trata-se da primeira fase da etapa judicial da política de Tolerância Zero determinada pelo prefeito Fuad Noman (PSD) na semana passada, com o objetivo de garantir melhorias no atendimento ao cidadão e punir a má qualidade na prestação do serviço de transporte público.

Reativa BH

A Prefeitura de BH informou, ainda, que as empresa de ônibus, fizeram, em 24 de janeiro, requerimento administrativo para adesão ao Programa Reativa BH – lançado em dezembro do ano passado e que prevê descontos para débitos inscritos na dívida ativa do município.

No dia seguinte, as empresas receberam formalmente uma resposta, embasada em parecer jurídico da Procuradoria-Geral do Município, no sentido de que não tinham direito ao desconto previsto no Programa Reativa porque ele expressamente exclui da abrangência multas contratuais.

Após a resposta administrativa, as empresas acionaram a Justiça, com pedido de tramitação em sigilo, buscando o perdão de R$ 37 milhões, correspondentes a 80% do valor da dívida para quem aderisse ao programa até 27 de janeiro.

Seguindo as orientações da Política de Tolerância Zero, a PGM monitorou o ajuizamento da ação e apresentou a defesa do Município. O pedido liminar das empresas de ônibus para adesão ao reativa foi negado em primeira instância no dia 26 e em segunda instância, no dia 30 de janeiro. Com a negativa da adesão ao reativa, a PGM deu início ao ajuizamento das execuções fiscais.

A equipe do Hoje em Dia entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e aguarda um retorno.

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