Pelo segundo dia consecutivo, o acesso às imagens das câmeras da BHTrans por meio do site do órgão de trânsito não é possível durante a realização de manifestação em Belo Horizonte. Nessa segunda-feira (17), quando em torno de 50 mil pessoas fizeram um longo protesto no centro da capital mineira e na região da Pampulha, ninguém também conseguiu assistir às gravações.
A possível pane atrapalha e muito o trabalho da imprensa e de belo-horizontinos, que têm o hábito de consultar as imagens para ver como está a situação do trânsito na capital mineira. Nesta terça-feira (18), a situação não é diferente, uma vez que quase três mil estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fecharam as quatro pistas da avenida Antônio Carlos em mais um protesto.
Desta vez, os próprios estudantes, que, após a interdição, seguiram em direção à Praça Sete, no centro, estão controlando o tráfego.
Durante a passeata, os manifestantes estão convocando os passageiros de ônibus que trafegam no local para se juntarem ao ato. Motoristas e trocadores também são alvo do chamamento. "Ei motorista, ei trocador. Me diz aí se seu salário aumentou", gritam os participantes da passeata.
A manifestação transcorre pacificamente sob gritos de "Sem violência, sem violência". Como as anteriores, a manifestação foi marcada pelo Facebook . Na descrição do evento, os organizadores listaram como bandeiras a redução das passagens, o questionamento dos gastos da Copa, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 37), que retira poderes de investigação do Ministério Público, a baixa qualidade da educação e saúde, e também a segurança na UFMG. Recentemente, o Campus Pampulha da instituição foi cenário de assaltos e outros atos criminosos.
A reportagem do Hoje em Dia tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da BHTrans para ser informada sobre a possível pane, mas não obteve sucesso.