(Reprodução / Facebook)
A UFMG e a PUC Minas realizam em conjunto pesquisas a respeito do comportamento dos membros de grupos públicos de WhatsApp em relação ao período eleitoral em 2018. Foram realizados dois tipos de estudos sobre o tema, e as análises detectaram a predominância do debate, no aplicativo, acerca de temas políticos relacionados à direita e a dominância de alguns usuários na postagem massiva de conteúdo.
Um primeiro estudo foi realizado levando em conta esses tipos de grupos de WhatsApp no Brasil, na Índia e na Indonésia, países com mais usuários do aplicativo. Os pesquisadores observaram os tópicos das mensagens de texto e os títulos de vídeos do Youtube compartilhados. No Brasil o tema política foi o mais frequente.
Segundo o doutorando em Ciência da Computação pela UFMG, e um dos autores do estudo Josemar Alves Caetano, as mensagens de texto eram ligadas à política, tanto do espectro da esquerda quanto da direita. “As pessoas utilizavam muitas mensagens de texto com as palavras Lula, Dilma, golpe, impeachment, PT, Bolsonaro etc", comenta. Caetano ressalta, ainda, um foco especial no debate envolvendo militantes da política de direita.
Em outra pesquisa, foram comparados dois tipos de grupos públicos do WhatsApp, os políticos e os não políticos. As análises observaram as características tanto das mensagens quanto dos usuários e dos grupos em si. Os resultados concluíram que grupos políticos tendem a ser mais movimentados do que os de outros tipos.
De acordo com o doutorando em Ciência da Computação pela UFMG, e um dos autores da pesquisa Gabriel Magno, apesar da alta taxa de mensagens, o número de usuários que postam o conteúdo é baixo. A maioria das pessoas apenas observa, indicando a existência de usuários dominadores.