Da Epamig

Pesquisadora de Minas é apontada pela Forbes como uma das 100 mulheres 'doutoras do agro'

A lista foi divulgada no Dia Internacional da Mulher Rural e homenageia especialistas que se dedicam a estudos no setor

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
20/10/2023 às 13:54.
Atualizado em 20/10/2023 às 14:21
Madelaine é pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) (Rodrigo Carvalho)

Madelaine é pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) (Rodrigo Carvalho)

A pesquisadora da Empresa de Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Madelaine Venzon, foi apontada pela revista Forbes como uma das 100 mulheres doutoras do agro. A lista foi divulgada no último domingo (15), no Dia Internacional da Mulher Rural, e homenageia especialistas que se dedicam a estudos que levam ao avanço da produção de alimentos, fibras e bioenergia. A lista completa pode ser consultada no site da publicação.

“Ser uma das 100 pesquisadoras referência no Agro foi uma notícia muito gratificante, por ver o trabalho de uma vida sendo reconhecido. Um trabalho em Agroecologia, de Controle Biológico, que rompe diversas barreiras. Fico ainda mais feliz, por saber que os produtores e a população têm buscado cada vez mais essas tecnologias mais sustentáveis no seu dia a dia”, reflete Madelaine, em entrevista ao site da Epamig.

Trajetória

A profissional nasceu no Rio Grande do Sul e cursou Agronomia na Universidade Federal de Pelotas. Conta que, desde o início, se interessou pela entomologia e pelo controle biológico.

“Naquela época chamávamos tudo isso de agricultura alternativa. E logo me interessei pelo emprego de insetos, como os crisopídeos, para combater pragas em diferentes culturas”.

A pesquisadora veio a Minas em 1989 para fazer seu mestrado em Fitopatologia/ Entomologia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Depois ficou quatro anos fora, tempo em que fez doutorado em Biologia Populacional, pela Universidade de Amsterdam. Quando retornou ao Brasil, se transferiu para a Epamig em Viçosa, onde atua desde 2000. Madelaine realizou um pós-doutorado, também em Biologia Populacional, na Universidade da Califórnia, que reforçou a atuação na agroecologia e na cafeicultura regenerativa.

“Hoje todos os projetos estão concentrados nisso e a gente tem conseguido muitas parcerias, tanto com empresas privadas, quanto com as agências de fomento, para implantar unidades modelo em regiões cafeeiras com o intuito de diminuir ou zerar o uso de agrotóxicos. Temos uma parceria grande com a Nespresso e a NKG Stockler, que nos ajuda a alcançar um maior número de produtores”.

Orientação de novos profissionais

Com mais de 30 anos de experiência na área, Madelaine virou referência em agroecologia e controle biológico de plantas. A ida para Viçosa, possibilitou que a pesquisadora, atuasse também como orientadora em cursos de pós-graduação nas áreas de Entomologia e Defesa Sanitária Vegetal, na Universidade Federal de Viçosa, outro motivo de orgulho.

“Eu orientei diversos estudantes no Mestrado, no Doutorado e agora no Pós Doc. E, inclusive, duas dessas orientadas estão na lista da Forbes também. Me dá uma alegria muito grande saber que ajudei a formar pessoas, mulheres, que estão sendo referência”, conta, citando as doutoras Fernanda Andrade, do Consórcio de Pesquisa Café, que atua na Epamig, e Mayara Loos Franzin, atualmente na Nestlé.

*Com informações da Epamig

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