
Para tentar salvar as 200 árvores do gênero Ficus que estão infectadas pela mosca-branca na capital mineira, foram iniciados nesta terça-feira (26) testes com um novo pesticida, semelhante a um fungo, que pode controlar a praga.
Agentes biológicos da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) explicam que o fungo provoca doença no inseto, podendo até matá-lo, mas sem causar dano à árvore. Anteriormente, a prefeitura testou o pesticida Óleo de Nim, ou óleo de Neem, que se mostrou eficaz na redução da forma jovem da mosca-branca.
Para acelerar o processo de aquisição dos serviços e produtos, a PBH decretou situação de emergência pela infestação do inseto. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) e valerá por 180 dias.
Com a medida sendo reconhecida pelo Governo Federal, o coordenador municipal de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas Alves, espera agilizar o processo dentro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O objetivo da força-tarefa é salvar as árvores, preservar os bens, evitar a disseminação das demais árvores da cidade, além de manter a população informada sobre o assunto", declarou.
Dentre as duas centenas de árvores infectadas em BH, 14 delas - sendo dez na avenida Barbacena e quatro na avenida Bernardo Monteiro -, estão mortas. No entanto, a prefeitura não determinou um prazo para que elas sejam cortadas.
Mosca-branca
Em agosto do ano passado foi identificada a presença da mosca-branca. O inseto suga a seiva das plantas e provoca queda das folhas, deixando um aspecto de mortas. Um tipo de fungo também está apodrecendo e secando os galhos dos fícus.
Apesar de a praga ter sido identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2007, ainda não há uma cura registrada cientificamente no mundo.