Coronavírus

'Pico de infecções da Covid em Minas passou', diz Secretário Saúde

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
10/02/2022 às 10:16.
Atualizado em 10/02/2022 às 13:50
Secretário concede coletiva nesta quinta-feira (Fábio Marchetto)

Secretário concede coletiva nesta quinta-feira (Fábio Marchetto)

O pico da pandemia da Covid-19 em Minas Gerais, vivenciado no início de fevereiro, passou. A confirmação é do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. Após diversos registros de recordes de casos, diante ao avanço da variante Ômicron do coronavírus, o território mineiro, em sua grande parte, agora vive uma queda na curva de casos confirmados. 

Segundo o titular da pasta, o cenário é visto em cidades de ao menos três regiões: Centro, Triângulo e Sul. “O Estado é grande e obviamente algumas regiões ainda não estão descendo, mas as maiores, que iniciaram primeiro, são destaques na queda. Então o maior destaque, de forma muito consciente, é que o pico de infecções passou. Ele foi confirmado em fevereiro, com maior média móvel, mas estamos com a curva em queda como já esperado e observado em outros países”, disse. 

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (10) em Belo Horizonte, Baccheretti também afirmou que a nova onda da doença, intensificada em janeiro deste ano, deve ser finalizada no fim do mês. 

Os óbitos continuarão crescendo porque estão relacionados aos dados de duas semanas, mas em poucas semanas começarão a cair. "Nossa projeção indica que a gente atingirá a linha de base no fim do mês. Na última semana de fevereiro, provavelmente, essa linha vai estar encontrando a linha de baixo e demonstrando que a onda passou no Estado”, afirmou. 

Em Minas, até a manhã desta quinta-feira, mais de 2,9 milhões de mineiros foram contaminados pelo vírus. Destes, 58.203 não resistiram às complicações da doença. 

Novos picos

Quase dois anos após o início da pandemia, a previsão é que o vírus ainda circule entre os mineiros por muitos anos. No entanto, novos picos não deverão ser registrados. Pelo menos não em breve. 

“Expectativa é que em alguns momentos, em especial entre outono e inverno, a gente tenha alguns aumentos pontuais. Mas o que vivenciamos ano passado e o que estamos vivenciamos com a Ômicron não deve se repetir, é pouco provável. O pior já passou”, comentou. 

O secretário ainda considerou a possibilidade da doença ser considerada endêmica no futuro. “Observando outros países, a expectativa é que a gente tenha sim aumentos sazonais de casos, mas muito parecidos com a influenza. Entre março e abril, a gripe sobe, então, quando vier essas doenças sazonais, o coronavírus seria mais um vírus para aumentar. Mas sem precisar que a gente faça ações específicas. Então, a expectativa nossa é que iremos conviver com o vírus, fazendo ações mais coletivas e comuns”, concluiu. 

Para garantir que o vírus circule apenas em períodos específicos, Baccheretti faz apelo para que a população garanta a proteção diante do recebimento das três doses da vacina.

“O que vai nos dar mais tranquilidade em saber se esse vírus é endêmico é se ele vai acompanhar os demais vírus respiratórios, ou seja, aumentar com a sazonalidade e ter aumento pontual durante o ano. Quando o vírus tiver um comportamento normal como outros, podemos considerar que ele é endêmico”, finalizou.

Veja a coletiva na íntegra:

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