"Pior dia da minha vida", relembra operário que trabalhava em viaduto que caiu

Renata Galdino - Hoje em Dia
04/07/2014 às 09:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:15
 (Renata Galdino/Hoje em Dia)

(Renata Galdino/Hoje em Dia)

"Desespero. O pior dia da minha vida". Assim resume o carpinteiro Josias Barbosa da Silva, de 25 anos, os momentos de pânico que ele e os colegas, operários que trabalhavam na finalização do viaduto que caiu na avenida Pedro I, viveram na tarde desta quinta-feira (3).    Há quatro meses envolvido na edificação, o rapaz não sabe se vai continuar ns obra. Ele contou que cerca de 80 funcionários estavam trabalhando debaixo do viaduto. Às 15 horas, saíram para o lanche de 15 minutos. "Por volta de 15h10 veio abaixo. Corremos, gritamos à procura de amigos que poderiam estar debaixo dos escombros. Pelo menos seis continuaram os trabalhos em cima do viaduto. Eles desceram junto com o viaduto", disse.    Desde então, para Josias só sofrimento. "Não consegui dormir à noite. Fechava os olhos e só via a cena". O carpinteiro está em Belo Horizonte há um ano e meio. Natural de Sardoá, no Leste de Minas, ele frisa que tragédias estão rondando sua vida. Em dezembro do ano passado,  um deslizamento de terra matou seis pessoas de uma mesma família em sua terra natal. O local do soterramento pertence a um primo dele.

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