Alessandro Neves Augusto, mais conhecido como “Pitote”, acusado de ser o assassino do fotógrafo Walgney Assis de Carvalho, em 2013, em Ipatinga, no Vale do Aço, foi condenado nesta quarta-feira (19), à 14 anos e três meses de prisão em regime fechado. Ele já tinha sido condenado a condenado a 16 anos de prisão pela morte do jornalista Rodrigo Neto, na mesma cidade.   Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o réu não poderá recorrer em liberdade. O julgamento teve início às 9h30, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. O conselho de sentença foi formado por seis homens e uma mulher. A decisão saiu após quase 12h de trabalhos.   Somente o delegado do caso foi ouvido nesta quarta, as demais testemunhas foram dispensadas. Durante todo o julgamento, a defesa do réu tentou desqualificar a investigação do assassinato e as provas. No entanto, o conselho de sentença aceitou a argumentação e provas apresentadas pelo Ministério Público e condenou “Pitote”.   O crime   O jornalista Rodrigo Neto foi executado a tiros quando estava em um bar do bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do Aço, em março de 2013. O repórter era especializado na cobertura de notícias policiais.   Segundo a Polícia Militar, ele saía de um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em sua direção. A vítima chegou a ser socorrida com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. A motivação do crime, ainda de acordo com o MP, foram denúncias feitas por Rodrigo em emissora de rádio, contra crimes que ficaram impunes no Vale do Aço.   Pouco mais de um mês, em abril, Walgney foi morto a tiros, em um pesque e pague. Ele havia revelado que conhecia detalhes sobre a morte do colega. De acordo com as investigações, Pitote foi até o local onde a vítima costumava frequentar. Com o mesmo revólver utilizado no assassinato do colega, o homem se aproximou da vítima e atirou.   Walgney Assis de Carvalho era fotógrafo em Ipatinga. (Foto: Facebook / Reprodução)

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