Após lipoescultura

'Plástica é igual andar de avião, tem risco de cair', diz cirurgião que operou mulher que morreu

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
27/04/2023 às 16:46.
Atualizado em 27/04/2023 às 17:03
 (Redes sociais / Reprodução)

(Redes sociais / Reprodução)

No mesmo dia em que o corpo da paciente que morreu por complicações após procedimento estético em Belo Horizonte ser enterrado, o médico que realizou a cirurgia foi às redes sociais falar sobre o caso. Prestou condolências à família da mulher e comparou os riscos do trabalho a um voo de avião.

“Minha intenção não é normalizar, mas sim mostrar que cirurgia plástica é medicina, tudo pode acontecer. É igual andar de avião, tem risco de cair”, citou.

Durante o depoimento, postado nas redes sociais nesta quarta-feira (26) Lucas Mendes, prestou solidariedade à família. “Resolvi vir falar e prestar toda minha solidariedade aos parentes da minha paciente. Eles perderam um familiar e eu, uma paciente. Mas quem me conhece sabe que toda paciente é como se fosse da minha família”.

Em determinado momento do vídeo, o cirurgião listou casos envolvendo outros médicos, de pacientes que também faleceram durante cirurgias. E reafirmou que o risco existe. 

Orgulho da profissão
Sobre a repercussão do caso, Lucas informou que não se molda pela opiniões divulgadas e que tem orgulho da profissão. “Eu sou muito seguro de mim e de quem eu sou. Sou seguro da minha personalidade e do meu caráter. Tenho orgulho do médico que me tornei”

Relembre o caso
A paciente morreu na última terça-feira (25), horas após passar por uma cirurgia de abdominoplastia e lipoaspiração. De acordo com o hospital, a suspeita é que ela tenha sofrido um tromboembolismo maciço

Conforme o instituto, a mulher já tinha histórico de trombose. No entanto, o fator não é uma contra indicação para a cirurgia. O hospital explica ainda que foram tomadas todas as medidas possíveis para prevenção do tromboembolismo.

O corpo da mulher foi retirado pela Polícia Civil durante a manhã de terça e encaminhado para o IML. Na quarta-feira (26), ela foi velada e enterrada no Cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, na região metropolitana.

Não foi o primeiro caso de morte envolvendo o médico cirurgião. Ele já havia sido indiciado  por homicídio culposo. Em dezembro de 2021, outra paciente faleceu após passar pela mesma cirurgia realizada pelo especialista. Os dois casos foram registrados no Instituto Mineiro de Obesidade, no bairro Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

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