Um inquérito foi instaurado pela Polícia Militar para investigar o uso de bomba de gás lacrimogêneo que feriu uma família no Mineirão, região da Pampulha, em BH, no último sábado (6). Entre as vítimas está uma menina de 11 anos, cardiopata e portadora de síndrome de down.

Segundo o pai da menina, Marco Pedroza, de 40, ele levou a esposa, Viviane de Moura, de 36, e a filha, Mariana Pedroza, de 11, ao estádio para assistir à partida entre Cruzeiro e Tombense, pela 22ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

"O que era para ser uma noite de festa e alegria tornou-se um grande desespero e pânico", contou. Ele afirmou que a filha e a esposa sofreram queimaduras e ferimentos em várias regiões do corpo, como perna, coxa e abdômen.

Ainda conforme Marco Pedroza, a ação ocorreu enquanto os militares dispersavam torcedores. "Eram, na grande maioria, famílias e crianças. Que a justiça seja feita e que esse tipo de situação não se repita com outras famílias, evitando uma possível tragédia maior", completou.

A Minas Arena, empresa responsável pela administração do Mineirão, informou ter entrado em contato com a família para prestar assistência. A concessionária também disse ter colocado as câmeras de segurança da esplanada à disposição das autoridades.

Em nota, a Polícia Militar disse que o uso de "instrumentos de menor potencial ofensivo foi necessário devido a um tumulto generalizado, inclusive com militares cercados por torcedores".

A corporação também informou que "o comando do Batalhão de Polícia de Choque abriu um Inquérito policial para apurar a situação e está em contato com familiares da vítima".