A partir desta terça-feira (17), a Polícia Militar passa a atuar nos corredores de segurança de Belo Horizonte em prevenção à criminalidade. Serão feitas blitze e operações de visibilidade em 64 pontos de importantes vias da capital. O objetivo é transformar esses locais em ponto de referência para a população.

O modelo é criticado por especialista, que alega ser uma ação mais publicitária do que eficaz. “A lógica é mostrar à sociedade que a polícia está presente e aumentar a sensação de segurança. Isso não vai impactar na redução dos crimes na periferia, onde a polícia e o Estado estão ausentes”, afirma o filósofo Robson Sávio, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Para o coronel Rogério Andrade, comandante do Policiamento da Capital, a ampla divulgação do policiamento nos corredores não servirá de alerta para os criminosos. “Essa operação vai representar apenas 25% do que é feito pela polícia. Os outros 75% serão ações surpresas”.
Para Robson Sávio, a estratégia está focada na Copa do Mundo de 2014. “Começo a antever a preocupação da polícia para agir em função de grandes eventos. É uma demanda de fora, não da comunidade”, critica.

O especialista ressalta que a expectativa da polícia é criar uma sensação de segurança para a classe média. “Mas os crimes de homicídio e tráfico continuam aumentando na periferia. Por isso, um investimento na polícia comunitária seria mais eficiente”, defende.

 

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