O balanço da Polícia Militar para o Carnaval 2017 de Belo Horizonte e Minas Gerais foi positivo, mas o número de menores alcoolizados nas ruas preocupa.
O diretor de Apoio Operacional da Polícia Militar, coronel Mauro Lúcio Alves, disse que percorreu alguns blocos e também corredores de hospitais e viu um grande número de menores alcoolizados, sem a companhia dos pais e precisando de tratamento médico. "São crianças e jovens de 10, 12 e 14 anos. Não podemos ter um evento sem o mínimo de controle da bebida alcoólica", afirmou.
Ainda segundo ele, são justamente os jovens alcoolizados as maiores vítimas dos furtos de celulares. "Eles estão mais vulneráveis e se tornam vítimas em potencial", disse.
Três milhões de pessoas participaram do carnaval em Belo Horizonte este ano. E a expectativa é que a folia atrai mais pessoas no ano que vem. Por isso, para garantir a segurança, a polícia pretende, já em 2018, trabalhar em conjunto com a prefeitura de Belo Horizonte, comércio e organizadores de blocos.
De acordo com coronel Winston Coelho Costa, comandante do policiamento da capital, para o carnaval deste ano, 7 mil policiais estavam nas ruas para garantir a segurança dos foliões. Cerca de 1.500 viaturas reforçaram as rondas.
Brigas
Dois casos de brigas marcaram a folia de Belo Horizonte em 2017. Nessa quarta-feira (1º), o Bloco Arrasta Favela teve o desfile suspenso pelos organizadores após um desentendimento entre policiais militares e integrantes do bloco. Uma ativista do movimento negro, que teria se recusado a mostrar a identidade, foi levada para delegacia prestar esclarecimentos. Segundo testemunhas, ela foi discriminada.
Nesta quinta-feira (2), o coronel Winston Coelho Costa, comandante do policiamento da capital, disse que a Corregedoria está apurando se houve algum abuso por parte da Políca Militar.
E na última terça-feira (28), foi registrado um tumulto entre foliões reunidos para os shows gratuitos na Praça da Estação e as apresentações foram canceladas. Para conter a briga, os militares utilizaram gás de pimenta e bombas de efeito moral.
Sobre o incidente na praça da Estação, a PM informou que já havia identificado a existência de grupos diferentes no local, jovens que desciam dos ônibus em grupo e de forma agressiva abordavam alguns foliões. Por isso, a presença de mais militares no local para garantir a segurança.
O balanço é referente ao período de 24 a 28 de fevereiro.
Leia mais:
'Arrasta Favela' suspende desfile após integrante do bloco ser detida ao discutir com PMs
PM dispersa foliões após brigas e tumulto em show de Carnaval na Praça da Estação