
Um protesto realizado por policiais nesta quarta-feira (2) travou o trânsito em diversas partes da cidade. No fim da tarde, os manifestantes interromperam o tráfego da Linha Verde, em frente à Cidade Administrativa, por cerca de 30 minutos. Centenas de motocicletas foram utilizadas como barreira.
O objetivo da manifestação era repudiar o escalonamento dos salários pelo governo do Estado. Os policiais, maioria reformados, usaram as cores verde e amarelo para se destacar em meio aos demais veículos. Mais cedo, foi realizado um ato na Praça da Assembleia, de onde o grupo saiu, às 15 horas.
Clima hostil
Por volta das 17h, o clima esquentou. Uma pessoa que saiu do carro para reclamar foi hostilizada pelos manifestantes. O homem, que estava atrasado para um voo, acabou voltando para o veículo. "Vocês não chegarão ao aeroporto porque o governador mentiu", disse o deputado Sargento Rodrigues, de cima do carro de som.
Até cerca de 17h30, a Linha Verde continuava completamente paralisada. "Se o governo não pagar, a polícia vai parar" gritavam os manifestantes.
Protesto maior
Segundo o presidente da Aspra, Marco Antônio Bahia, no dia 1º de abril um ato maior será realizado. “O governo está parcelando nosso salário em até três vezes, o que é um absurdo. Queremos chamar a atenção para este fato”, critica Bahia.
Ainda de acordo com ele, o protesto também tinha o objetivo de chamar a atenção para a necessidade da recomposição salarial da categoria.
No início da noite, o trânsito na Linha Verde foi normalizado.
Imparcial
Antes do protesto, o chefe da Comunicação Social da PM, tenente-coronel Gilmar Luciano Santos, havia afirmado que a Polícia Militar iria acompanhar o protesto de forma imparcial. “Vamos seguir a lei, garantindo a segurança de quem participa do protesto e, também, o direito de ir e vir de quem não participa dele”, afirmou.
O tenente-coronel ressaltou que pelo menos uma via da Linha Verde deveria estar liberada para a passagem dos veículos, o que não foi cumprido.
Atualizada 19h45