Polícia Civil investiga morte de grávida e desaparecimento de bebê em Ituiutaba

Álvaro Castro
acastro@hojeemdia.com.br
Publicado em 22/08/2016 às 11:50.Atualizado em 15/11/2021 às 20:29.

A Polícia Civil de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro investiga o assassinato brutal de uma jovem de 19 anos que estava grávida de 8 meses, aparentemente. Ela foi localizada com a barriga aberta e sem o bebê, cujo paradeiro e estado de saúde ainda são um mistério.

De acordo com a assessoria da corporação, a equipe da cidade cuida do caso e faz diligências na manhã desta segunda-feira (22). O caso está sob os cuidados da delegada Roberta Borges.

Ela foi encontrada por dois ciclistas que viram o corpo boiando em uma represa conhecida como Lagoa dos Paulistas. Ela estava com os pés amarrados, o corpo enrolado em arame e com uma pedra de cerca de 10 quilos junto ao corpo.

Até o momento não é possível afirmar nada sobre as circunstâncias do crime, paradeiro e estado de saúde do bebê, suspeitos ou mesmo a motivação. As informações iniciais é de que ela saiu para se encontrar com uma pessoa ainda não identificada em Uberlândia, onde residia, no dia 18 e não tinha sido vista desde então.

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O sequestro do bebê e o assassinato da grávida aconteceu no dia 26 de junho depois que Patrícia, grávida de aproximadamente 9 meses, saiu de casa no bairro São Pedro, em Ponte Nova, e foi ao Hospital Nossa Senhora das Dores para uma consulta de rotina. A partir daí ela não foi mais vista. 

 
Após ser notificada sobre o desaparecimento, a polícia analisou imagens de circuito de segurança do hospital e de uma farmácia próxima, que registraram Patrícia entrando e saindo da unidade de saúde e seguindo em direção à praça central da cidade.
 
Os investigadores reconstituiram os passos da mulher e identificaram, junto à empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade, que Patrícia utilizou o cartão de vale-transporte do companheiro, ao entrar em um ônibus em direção ao bairro Vale Verde. Testemunhas informaram à polícia que viram a grávida em companhia de uma mulher baixa, obesa e de cabelos crespos, indo em direção à Fazenda da Estiva.
 
No mesmo dia, foi noticiado que Gilmária havia tido um parto natural em casa, sendo socorrida pelo Corpo de Bombeiros, que encaminharam a mãe e a criança ao hospital. Ela ficou internada por dois dias. A criança foi registrada com o nome de João Vítor Patrocínio da Silva. 
 
No dia 30 de junho, uma equipe do Corpo de Bombeiros localizou o corpo de Patrícia em uma construção abandonada entre o bairro Vale Verde e a Fazenda Estiva. O corpo estava sob uma caixa d’água, com as mãos e pés amarrados, a boca amordaçada, uma lesão no pescoço e uma incisão no abdômen semelhante a uma cirurgia cesariana, sem a criança. 
 
Após o descobrimento do corpo, Gilmária deu entrada novamente no hospital, em decorrência de uma crise de hipertensão.  Ao passar por exames, a equipe médica constatou que ela não apresentava sinais de gravidez recente. De imediato, a criança foi retirada da guarda de Gilmária e do esposo, ficando sob responsabilidade do Conselho Tutelar.
 
Na delegacia, a doméstica fez relatos contraditórios. Como todas as versões apresentadas por ela foram checadas e não se confirmaram, momento que confessou os crimes, alegando que simulou a gravidez para o marido, que atraiu Patrícia com a promessa de doar enxoval para o bebê e, então, pode executá-la.
 
O delegado já solicitou à Justiça a soltura de um homem investigado como suspeito de envolvimento no caso. Herli Custódio Marçal, de 48 anos, não teve participação nos crimes e deverá ser liberado pela Justiça nos próximos dias. 
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