Uma empresa que vendia cartuchos de impressoras reutilizados como novos é alvo de investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Após quatro meses de investigações, a operação "Fictus" terminou com a prisão de um homem de 40 anos por crime contra a relação de consumo e estelionato.

A polícia apreendeu também embalagens da marca Lexmark, milhares de chips para reutilização de cartuchos, mais de dez mil selos de modelos diversos, de autenticidade e garantia das marcas HP, Lexmark, Samsung e Xerox, que seriam utilizados para a fraude. Além de todos os apetrechos destinados às ações criminosas, havia também cartuchos de impressão destinados à venda direta e participação em concorrências públicas.

As apurações tiveram início após chegar à Delegacia Especializada informações de que a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) teria sido vítima da empresa, após processo licitatório, ao adquirir cartuchos para impressão falsificados. Foram realizadas diligências e a equipe de policiais civis identificou a empresa suspeita, solicitando à Justiça mandados de busca e apreensão à sede da empresa Shark Lazer, situada no bairro Nova Granada, região Oeste da capital.

O delegado Hugo Arruda, responsável pelas investigações, explicou a operação. "Durante todo esse período, a empresa mudou o nome de 'Giga Print' para 'Shark lazer' e mudou também de endereço", informou. "Eles vendiam cartuchos falsos e montavam sob demanda. Quando recebiam a encomenda, preparavam e entregavam", completou o delegado", completou. Uma terceira empresa envolvida na licitação também está sendo investigada.

O homem preso em flagrante foi liberado após a audiência de custódia. Ele poderá responder pelos crimes de falsidade ideológica, fraude à licitação e estelionato.

Compartilhar