Polícia faz operação contra tráfico de drogas nas proximidades e interior de escolas

Mariana Durães
mduraes@hojeemdia.com.br
13/11/2018 às 12:01.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:48
 (Polícia Civil / Divulgação)

(Polícia Civil / Divulgação)

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou, na manhã desta terça-feira (13), resultados parciais da operação "Anjos da Lei", que visa coibir o tráfico de drogas nas proximidades e interior de escolas públicas e particulares da capital e interior do Estado. Já são pelo menos 21 autores presos e 25 menores apreendidos, além de três armas de fogo e certa quantidade de drogas.

“O tráfico de drogas é o pano de fundo de quase todos os delitos e é uma modalidade que preocupa a Polícia Civil, por isso a operação de hoje. Normalmente eles atuam aliciando menores, vendendo nas imediações e fazendo contato com os alunos para revender dentro das escolas”, afirmou o Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, delegado Carlos Capristrano. Conforme informou, a operação é fruto de pelo menos dois meses de investigação e visa identificar os autores.

Esta é uma ação conjunta da polícia mineira e as polícias civis de todos os Estados e do Distrito Federal. Em Minas são aproximadamente 200 alvos para cumprimento de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão. A estimativa é que as ações sejam finalizadas na noite desta terça-feira (13).

Conforme a chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, a delegada Isabella Franca Oliveira é possível que alunos fossem aliciados para agir dentro das escolas. Ela lembrou o caso de uma criança de 7 anos que em outubro foi encontrada com crack dentro da escola, sendo o irmão adolescente o "proprietário da droga". De acordo com a delegada, a operação é importante repreender e prevenir que outras crianças sejam aliciadas para este tipo de crime.

"A pena por tráfico de drogas varia entre 5 e 15 anos e, quando praticado nas proximidades de escolas, pode ter um aumento de 1/6 a 2/3", explica. 

No decorrer do dia, mais informações como principais alvos e regiões com mais casos devem ser repassadas. Não está excluída a possibilidade de participação de alunos e funcionários nos casos. Para Isabella, o diferencial do ambiente escolar é o grande fluxo de pessoas que circulam nas proximidades, principalmente nos horários de início e fim de aulas. "Os traficantes se aproveitam do fato de que adolescentes, perfil de alvo mais fácil, estão em uma fase de descobertas. Os pais precisam conversar e acompanhar os filhos, para evitar, principalmente o primeiro contato com as drogas", finaliza. 

As secretarias de Educação Estadual e Municipal, assim como o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) foram procurados, mas ainda não responderam às demandas da reportagem. 

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