Polícia investiga grupo suspeito de desviar salário de Gabigol, do Cruzeiro, e outros jogadores
Organização abria contas bancárias em nome dos atletas, pediam portabilidade do salário e executavam diversas transações para dificultar o rastreio e a recuperação dos valores
Uma operação da Polícia Civil de quatro estados cumpriu nesta terça-feira (24) mandados de prisão contra suspeitos de integrarem um grupo criminoso que conseguiu desviar parte dos salários de jogadores de futebol, utilizando golpes financeiros. Entre as vítimas, está o atacante do Cruzeiro, Gabriel Barbosa, mais conhecido como Gabigol. Estimativa é que o grupo faturou mais de R$ 1 milhão.
Além do camisa 9 da Raposa, o zagueiro Walter Kannemann, do Grêmio, também foi alvo da organização criminosa. Foram cumpridos 11 mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Curitiba (PR) e Almirante Tamandaré (PR) e Lábrea (AM).
Conforme a Polícia Civil do Paraná (PCPR), os suspeitos utilizavam documentos falsos para abrir contas bancárias em nome dos jogadores. Depois, faziam pedido de portabilidade dos salários, que passavam a cair nas contas abertas e controladas pelos golpistas.
Assim que os recursos eram transferidos para as contas, os golpistas rapidamente executavam diversas transações, além de saques e compras, para pulverizar os o dinheiro e dificultar a recuperação. “Com os documentos falsos, o grupo criminoso abria contas em instituições bancárias e solicitava a portabilidade de salário destes jogadores”, explica o delegado da PCPR Thiago Lima.
Os próprios bancos fizeram denúncias ao perceberem as falsificações. Com o esquema, a estimativa é que os investigados tiveram acesso a valores pertencentes às vítimas e tenham faturado R$ 1,2 milhões.
Os suspeitos podem responder por fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa.