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Terça-Feira,30 de Abril

Polícia investiga motivo de confusão e PM que atirou em guarda segue preso

Hoje em Dia
16/01/2015 às 12:27.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:41

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

A Polícia Civil informou que dois inquéritos para apurar as circunstâncias do caso que envolveu policiais militares e guardas municipais foram instaurados na manhã desta sexta-feira (16). Na confusão, a guarda Lilian Emiliano de Oliveira, de 28 anos, foi atingida por uma bala de borracha. Ela foi submetida a cirurgia no maxilar, passa bem, mas não tem previsão de alta.   Segundo a Civil, um dos inquéritos é para investigar a conduta do cabo Carlos Gustavo Pereira de Melo, de 37 anos, que efetou o disparo. Ele está preso em um quartel da PM. O inquérito segue em paralelo ao Inquérito Policial Militar (IPM) já instaurado pela Polícia Militar.   O outro inquérito aberto nesta sexta-feira é sobre a conduta do policial militar reformado Daleimar Hilário Moreira. Ele foi abordado pela Guarda Municipal, no entorno da rodoviária, na tarde de quinta-feira (15), por supostamente fazer transporte clandestino de passageiros. Ao revidar, teve início a confusão.   Ainda conforme a Polícia Civil, 20 pessoas, entre testemunhas e envolvidos, já foram ouvidas pelo delegado Luiz Otávio Fraga de Andrade. Os depoimentos foram prestados na Central de Flagrantes (Ceflan 2), na Rua Conselheiro Rocha.   Depois das declarações, todos foram liberados. O delegado responsável pelo caso já solicitou exames de corpo de delito em Daleimar e nos guardas municipais Fábio Vaz Peixoto e Francisco Silva Lopes dos Santos.   Paralisação   Por causa da confusão envolvendo as duas corporações, centenas de Guardas Municipais fizeram protesto e passeata nesta sexta-feira. Os servidores decidiram parar suas atividades por 24 horas e não descartaram entrar em greve. Uma assembleia para decidir os rumos do protesto foi marcada para a próxima quarta-feira (21), às 9 horas, na Praça da Estação   A categoria manifesta por causa da agente ferida e também por outras reivindicações. Os trabalhadores exigem adequação municipal ao Estatuto Nacional das Guardas Municipais, que determina o armamento de todas as guardas municipais do país e estabelece diretrizes para revisão do Plano de Careira da categoria.    Além disso, os guardas exigem que todos os cargos de comando da GMBH sejam ocupados por guardas de carreira. Atualmente, segundo o Sindibel, estes cargos são ocupados por coronéis reformados da Polícia Militar.   Confusão   Segundo informações de testemunhas, o caso começou quando Daleimar Hilário Moreira, de 47 anos, 2º sargento reformado da PM, foi abordado por fazer transporte clandestino no entorno da rodoviária da capital.    Após ser abordado pela irregularidade, o militar teria reagido à prisão, por desacato e desobediência. Ele agrediu os guardas municipais, que revidaram e usaram uma arma de choque elétrico - chamada de taser, para conter o agressor, que teria chamado por telefone a PM.     Em seguida, o cabo Carlos Gustavo Pereira de Melo, de 37 anos, disparou com uma escopeta, um projétil calibre 12 de borracha, que atingiu o rosto da guarda municipal. Um outro guarda também chegou a ser agredido e depois detido pelos militares, mas foi liberado posteriormente.   Na versão da PM, o tiro teria sido acidental. “Ela e o guarda Peixoto tentaram tomar o armamento do militar e acabou acontecendo o disparo. Depois disso, eles agrediram o cabo com chutes, socos e pontapés”, conta o diretor jurídico da Associação dos Praças Militares e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), soldado Berlinque Cantelmo.    Por causa da confusão, na noite de quinta-feira, dezenas de guardas municipais se reuniram e fizeram protesto na Praça 7. O ato provocou grande congestionamento na região Central da capital.   O caso está sendo investigado pela corregedoria das duas corporações.

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