Vinte e uma pessoas foram presas durante a “Operação Réquiem” realizada na manhã desta terça-feira (3) pela Polícia Civil em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. O objetivo foi desarticular uma organização criminosa conhecida como “Quadrilha do Ouro”, acusada de tráfico de drogas, homicídios, roubos e outros crimes. Trinta e nove mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos.
As investigações começaram há 14 meses com foco nas zonas norte e sul da cidade. Na lista de crimes do bando estariam ainda estelionato, associação ao tráfico de drogas e porte ilegal de armas. O tráfico de drogas, no entanto, foi o crime com predominância e através dos envolvidos neste crime é que a polícia identificou os demais.
Segundo o superintendente da Polícia Civil, delegado Jefferson Botelho, nos meses de setembro e outubro de 2013 a cidade passou por uma onda de roubos de jóias. As vítimas estavam em bares e restaurantes quando foram assaltadas. Essas jóias eram vendidas por estelionatários que também praticaram golpes fraudulentos contra instituições bancárias, seguradoras, lojas comerciais e idosos, passando-se algumas vezes por agentes do governo.
Durante as investigações a PC descobriu que a quadrilha fez uma reunião para discutir como iria amedrontar testemunhas, policiais, promotor e juiz durante a audiência da “Operação Profecia”, realizada no fórum de Teófilo Otoni, também para combater o crime organizado. A operação recebeu o nome Réquiem em referência à uma composição de Mozart. Em latim a expressão Réquiem significa “tudo o que está oculto, aparecerá: nada ficará impune”.
No total foram presos nove acusados de crimes violentos e 12 integrantes do crime organizado. Armas de fogo e veículos foram apreendidos. O homem que teria matado um andarilho na cidade no final do ano passado também foi preso. Foram empenhados 90 policiais civis, 30 viaturas e uma aeronave. “Essas ações da PC em todo o estado têm a potencialidade de reduzir os índices de criminalidade violenta e aumentar a sensação de segurança pública em Minas Gerais”, diz Botelho.