Segundo a Polícia Civil, o homem circulava por igrejas e hospitais à procura de vítimas com mais de 60 anos e deficientes físicos. Ao abordá-las, se apresentava como motorista de aplicativo – apesar de não ser credenciado em nenhuma plataforma do setor.

Ao chegar ao destino do cliente, dizia que só aceitava cartões. A delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso, explicou que o suspeito chegava a pintar o visor da máquina de cartões com tinta spray preta, para dificultar a visualização dos valores digitados.

Nos aparelhos adulterados, ele cobrava até 10 vezes mais pelo valor informado da corrida, que podia chegar a até R$ 3 mil. Só um dos clientes teve prejuízo de mais de R$ 6 mil.

O homem tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas, crime patrimonial e violência doméstica. Ele vinha sendo investigado em inquérito que apura a prática de estelionato.

O suspeito foi preso preventivamente em janeiro do ano passado, em Betim, também na região Metropolitana, e liberado em maio. Em junho foi preso em flagrante e, em seguida, liberado novamente. Nesta quinta (15), foi detido pela terceira vez, pela mesma prática.

"Agora, novamente, a gente cumpriu esse mandado de prisão preventiva e outros mandados de busca e apreensão, em várias residências", ressaltou a delegada.

Ainda conforme Danúbia Quadros, só na Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, o suspeito tem 13 indiciamentos pelo crime de estelionato. Pelo menos 20 vítimas já procuraram a Polícia para denunciar os golpes. O prejuízo total é estimado em R$ 60 mil.

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máquina de cartão adulterada