Crime brutal

Polícia prende suspeitos de estrangular e jogar corpo de motorista de aplicativo em rio

Duas mulheres, um homem e um menor de idade participaram do crime, segundo a polícia

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
03/01/2024 às 13:46.
Atualizado em 03/01/2024 às 14:17
Leone Lucas dos Santos tinha 22 anos e trabalhava como motorista de app (Reprodução / PCMG)

Leone Lucas dos Santos tinha 22 anos e trabalhava como motorista de app (Reprodução / PCMG)

Duas mulheres, de 29 e 31 anos, e um homem, de 25, marido de uma delas, se entregaram à polícia nesta terça-feira (3) e confessaram ter matado um motorista de aplicativo na BR-356, em Itabirito, na Grande BH. Um menor de 16 anos também teria participado do crime e foi apreendido pela Polícia Civil.

Militares do Corpo de Bombeiros ainda fazem buscas para encontrar o corpo de Leone Lucas dos Santos, de 22 anos, que foi jogado em um rio. A vítima foi estrangulada pelos suspeitos.

As investigações começaram na última quinta (28), quando a família procurou a polícia para registrar o desaparecimento de Leone. No dia 29, o carro e os pertences do motorista foram encontrados abandonados em uma estrada de terra em Marzagão, na zona rural de Itabirito.

Em coletiva com a imprensa nesta quarta-feira (3), o delegado Alexandre Fonseca, titular da unidade de pessoas desaparecidas de BH, informou que o carro da vítima era equipado com rastreador, o que ajudou a reconstituir os últimos trajetos do veículo. 

O delegado afirmou ainda que o crime repercutiu na região e que os suspeitos estavam jurados de morte, além de serem procurados por traficantes de Itabirito. 

O crime

Segundo a PC, o crime ocorreu na altura do km 46 da rodovia BR-356. À polícia, os suspeitos contaram que logo após dar início à corrida, o motorista parou para abastecer em um posto de combustíveis no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na região metropolitana. 

A polícia afirmou ainda que Leone mandou mensagens e compartilhou a corrida com dois colegas, também motoristas de aplicativo. Nelas, dizia estar com medo e achando a corrida “esquisita”.

Após passar por uma barreira da Polícia Rodoviária Federal, um deles simulou que ia vomitar e a vítima parou o carro. O menor então tirou uma camisa e a dobrou, fazendo uma corda. A blusa foi entregue ao homem, que passou no pescoço do motorista, o levou para o banco de trás do carro e o estrangulou.

Em seguida, o menor assume a direção e leva o carro até um viaduto de acesso à cidade e joga o corpo no rio Itabirito. Os suspeitos fazem uma limpa no carro, o abandonam em uma estrada de terra e vão para casa. Segundo o delegado, ele levaram apenas moedas que estavam dentro do carro.

Uma das mulheres que pediu a corrida pelo aplicativo joga o telefone fora, liga pra Polícia Militar e informa que celular foi roubado na rodoviária.

Segundo o delegado, após a repercussão do crime na cidade, os suspeitos se esconderam em uma área de mata para fugir de traficantes e resolveram se entregar à polícia dias depois, com medo de serem mortos.

Os suspeitos devem responder por latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menor. As buscas pelo corpo de Leone continuam.

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