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SEGURANÇA PÚBLICA

Policiais civis de Minas adotam ‘estrita legalidade’ para pressionar Zema por recomposição salarial

Com medida, categoria passará a cumprir apenas as atividades previstas em lei, recusando-se a executar funções que cabem ao Estado

Gabriela de Castro*
gabriela.castro@hojeemdia.com.br
Publicado em 28/10/2025 às 18:07.Atualizado em 28/10/2025 às 18:26.

Representantes de Polícia Civil de Minas informaram que a categoria irá adotar o regime de "estrita legalidade" - quando funções extras são suspensas e os agentes cumprem à risca o que está determinado na lei. A medida foi definida nesta terça-feira (28) após assembleia em Belo Horizonte. A classe pressiona o Governo Zema por recomposição salarial

A reunião ocorreu durante um protesto da categoria na Praça da Assembleia, no Santo Agostinho. Conforme o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol/MG), a possibilidade de paralisação total também foi debatida e será votada em uma nova assembleia, a ser convocada nos próximos dias.

O presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira, afirma que as perdas salariais já beiram 50%, resultado de anos sem recomposição inflacionária. Ele também disse que há um déficit no efetivo, o que afeta diretamente a segurança da população.

“Um policial que investiga facções como o Comando Vermelho e o PCC não pode receber menos de quatro mil reais líquidos por mês. Ele precisa morar em um lugar seguro, educar seus filhos e viver com dignidade. Isso é o mínimo”, reforça.

Wemerson Oliveira destaca ainda que a decisão reflete o esgotamento dos servidores diante da falta de condições de trabalho. “Tem delegacias que não têm água, bebedouro, papel higiênico ou material básico. Os policiais sempre deram um jeito, comprando do próprio bolso”, afirma Wemerson.

Além da defasagem salarial e das condições precárias de trabalho, o Sindpol denuncia o abandono das delegacias e a falta de diálogo com o governador Romeu Zema (Novo). 

O Hoje em Dia entrou em contato com o Governo de Minas, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.

*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca

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