Polonês é preso suspeito de estuprar esposa acamada em Nova Lima
Na casa do casal, policiais encontraram malas prontas e objetos embalados, indicando intenção do homem deixar o país
Um homem de 32 anos, natural da Polônia, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (27) suspeito de estuprar a esposa, de 33 anos, que está acamada e totalmente dependente de cuidados após sofrer uma grave lesão cerebral. A prisão ocorreu em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A vítima ficou com sequelas severas depois de uma parada cardiorrespiratória durante um procedimento médico. Ela não fala, utiliza traqueostomia e precisa de assistência permanente. Conforme a investigação, o suspeito se aproveitou da condição de vulnerabilidade da companheira para cometer abusos e ainda colocar em risco a saúde dela.
Na casa do investigado, os policiais encontraram malas prontas e objetos embalados, indicando intenção de deixar o país. A Justiça também concedeu medidas protetivas para a vítima e para a mãe.
“O caso como um todo é assim uma tragédia”, descreveu a delegada da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher em Nova Lima e responsável pela investigação, Mellina Clemente. A mãe da vítima encontrou um diário em que a filha relatava violência psicológica antes de adoecer. Chamados como “pu**a” e outros xingamentos, os ataques eram comuns, segundo testemunhas ouvidas no inquérito.
O fato passou a ser tratado como estupro de vulnerável quando uma cuidadora relatou ter flagrado o homem cometendo abusos durante o banho da vítima: “Ela conseguiu afirmar em depoimento que ele estava abusando sexualmente dela, a pretexto de estar fazendo a higienização das partes íntimas”, relatou a delegada.
Após câmeras serem instaladas no banheiro, ele passou a desviar os equipamentos.
Risco à vida e ameaça de levá-la para outro país
Segundo a polícia, o suspeito impedira o tratamento adequado no Brasil e tentava retirar a vítima para a Polônia. Ele teria realizado aspiração inadequada da traqueia, causando lesão e nova internação hospitalar, e administrado medicamentos trazidos do exterior sem autorização médica. “Ele falava que os médicos não sabiam o que estavam fazendo, que aqui no Brasil não tinham condição de tratar a situação dela (...) Ele passou a ameaçar a mãe dela que levaria ela para a Polônia”, contou Mellina.
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