O túnel de passagem de pedestres que liga a estação de metrô Minas Shopping à avenida Pastor Anselmo Silvestre, região Nordeste de BH, é local de reclamação da população em função do estado de conservação do ambiente. O local, segundo usuários, apresenta forte cheiro de urina e sujeira constante.

A reportagem do Hoje em Dia foi até o local e flagrou marcas de urina, pixações e lixos espalhados pelo túnel como papel, plástico e até embalagens de preservativo.

Haroldo Marcondes, de 74 anos, usa o trecho com frequência e denuncia descaso. Segundo o aposentado, ele já chegou a fazer uma reclamação formal junto à CBTU. "Não tem vigilância, à noite fica abandonado, é praticamente uma terra de ninguém", disse à reportagem.

O aposentado ainda contou que, em função da presença de poucas unidades de monitoramento, há ainda medo em quem precisa passar no túnel. "Aqui passa muita gente, criança, adulto, idoso. Pode ter roubo de celular, assalto, até estupro", desabafa.

Local é caracterizado pela sujeira e forte odor em função da sujeira (Lucas Prates/Hoje Em Dia)

Além disso, Haroldo também denunciou que parte do túnel chegou a ficar sem luz por "quatro ou cinco dias". A iluminação, no entanto, foi restabelecida.

A reportagem buscou contato tanto com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) quanto com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CTBU) para entender a situação.

A PBH informou que realiza a limpeza do túnel diariamente, por meio da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e que sempre recolhe grande quantidade de resíduos no local. Além disso, o órgão fez um apelo à população, ressaltando a importância da colaboração na manutenção da limpeza.

Já a CBTU informou que a responsabilidade da limpeza e manutenção da estrutura do local é de responsabilidade da Prefeitura. Sobre a energia elétrica, a CBTU informou que está ligada à rede pública. Além disso, a segurança também fica sob cuidados do poder municipal, podendo até ter o apoio da Polícia Militar, se necessário.

Em relação ao receio de passar pelo local à noite, a reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O órgão informou que não tem um levantamento específico sobre ocorrências no local, os números são agregados por regiões do Estado e por municípios.

*Com informações de Lucas Prates