(Governo de Minas/Reprodução)
Gestantes de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão sem a única maternidade que atende o município. Isso porque a unidade do Hospital Municipal São Judas Tadeu foi fechada às 7h desta sexta-feira (15).
Médicos que trabalham no local alegam que estão há dois meses sem receber salários. Como forma de protesto, vão cruzar os braços por 72h, até às 7h da próxima segunda-feira (18).
Além dos vencimentos em atraso, um profissional que atua no local informou que falta medicamentos, luvas, lençóis, leitos e os laboratórios demoram até seis para para liberar os exames.
"Além do médico ser herói por enfrentar tudo isso, tem o atraso do pagamento. Uma hora não aguenta mais. (...) Temos que pagar contas, aluguel, escolas dos filhos", desabafou um médico que pediu para não ter o nome divulgado.
De acordo com ele, a prefeitura alega que não tem verba, mas está anunciando que em 90 dias vai inaugurar uma nova maternidade. "Mas como se não tem dinheiro?", questiona.O médico explicou que o serviço na maternidade é terceirizado, mas informou que a prefeitura não estaria repassando a verba para a empresa contratada.
Procurada pela reportagem do Hoje em Dia, a Prefeitura de Ribeirão das Neves informou que "efetuou hoje (sexta-feira) o depósito dos 50% restantes do pagamento referente à folha de abril para o consórcio que administra o pagamento dos médicos no município".
Por meio de nota, ansumos como luvas estão disponíveis no almoxarifado para uso dos profissionais.
Protesto
Profissionais do hospital contaram que aproximadamente 120 médicos estão com os salários atrasados. Eles vão se reunir no próximo dia 20, no sindicato da categoria, para decidir sobre os rumos do protesto.