Prédio do Dops, palco da Ditadura Militar, é tombado como patrimônio municipal de BH

Hoje em Dia
16/10/2013 às 20:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:24

Palco obscuro da história de Belo Horizonte e símbolo da Ditadura Militar, o extinto Departamento de Ordem Política e Social (Dops), está próximo de se tornar um centro de direitos humanos. Na tarde desta quarta-feira (16), o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (CDPCM-BH) se reuniu e aprovou o tombamento do prédio que fica na avenida Afonso Pena, 2.351, região Centro-sul da capital mineira.  Até 1989, o edifício foi local de tortura e abrigo de presos políticos. Atualmente, funciona no imóvel o Departamento de Investigação Antidrogas da Polícia Civil. O próximo passo para o Dops se tornar patrimônio municipal é a aprovação do governo de Minas, proprietária do prédio.   Memorial   No local, o governo do Estado prevê a instalação do Memorial dos Direitos Humanos de Minas Gerais, que ainda não tem data para ser inaugurado, conforme a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese). Além disso, Belo Horizonte também vai abrigar o Memorial Nacional da Anistia, espaço de preservação e resgate da memória do regime militar brasileiro.   A inauguração do local, orçado em R$ 24 milhões, está prevista para o primeiro semestre de 2014.  O memorial vai funcionar no prédio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, marco da resistência à ditadura, no bairro Santo Antônio, zona Sul da capital.   A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Minas Gerais também estuda elaborar um projeto para criar um museu que contará a história da atuação dos advogados dos presos políticos durante a ditadura. A ideia é que o museu fique no prédio do antigo Dops.

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