Investigação

Prefeitura confirma surto de micobactéria pós-procedimentos estéticos em clínica no Centro de BH

Segundo o executivo municipal, 16 casos foram notificados.

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
29/03/2024 às 11:31.
Atualizado em 29/03/2024 às 12:34

A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou, nesta sexta-feira (29), um surto por microbactéria não tuberculosa de crescimento rápido em uma clínica de estética no Centro de Belo Hoizonte. O local é investigado pela Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após pacientes denunciarem complicações graves após se submeterem a cirurgias plásticas para retirada de papada.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, até o momento foram notificados 16 casos. "Cabe destacar que configura um surto a relação entre esses casos. A infecção por essa micobactéria pode gerar quadros graves, com formação de abcessos, e o tratamento engloba procedimentos cirúrgicos e uso de antimicrobianos por tempo prolongado", disse o executivo municipal em nota.

O local foi interditado em 11 de março após vistoria da Vigilância Sanitária, que identificou irregularidades que colocam em risco a saúde dos pacientes. "O estabelecimento segue fechado e totalmente interditado. Caso haja descumprimento da decisão, a clínica pode ser multada em até R$ 9.979,53 e os proprietários podem responder processo civil-público.

O caso que culminou na interdição da clínica teve início após pacientes denunciarem à polícia problemas após cirgias para redução de papada, realizadas em 2023. Em nota, a defesa da clínica informou que “que as contaminações por bactérias podem ter diversas causas, e cada alegação dessas supostas vítimas deve ser analisada de forma individual", e que a profissional que realizou os procedimentos "possui a formação necessária', tendo inclusive já "comprovado sua capacidade técnica e legal perante os órgãos, por meio da realização de cursos após a graduação de 5 (cinco) anos de faculdade, os quais são devidamente reconhecidos pelo MEC."

A Diretoria de Vigilância em Saúde de Minas informou que os sintomas da contaminação podem se manifestar de duas semanas até dois anos após o procedimento cirúrgico. A Polícia Civil faz a oitiva das denunciantes. Pelo menos seis pessoas já prestaram depoimento.

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