Câmeras de segurança de casas, condomínios e comércios de Belo Horizonte serão usadas pela Prefeitura de Belo Horizonte para reforçar as ações de prevenção e combate ao crime. As imagens serão enviadas diretamente para o Centro de Operações da capital (COP-BH). A nova plataforma integrada de monitoramento foi lançada nesta quinta-feira (29).

Com o projeto, chamado de Belo Horizonte + Segura, a administração municipal espera aumentar o número de câmeras de 3,6 mil para 5 mil, um salto de 38%. O serviço faz parte de um conjunto de tecnologias cedidas, de forma gratuita, pela empresa Rediseg Tecnologia SA.

As imagens ficarão armazenadas na nuvem por até sete dias, podendo ser acessadas pelas forças de segurança, caso necessário. "Não vamos acessar o interior de nada, apenas rua. Queremos ver o que acontece nas ruas da capital. Vamos ter o olho da polícia em 5 mil pontos da cidade, nos dá uma sensação maior de segurança", completou o prefeito Fuad Noman (PSD).

Segundo o prefeito, a iniciativa vai ampliar a cobertura das forças de segurança da cidade, facilitando o atendimento de ocorrências por parte da Polícia Militar e nas investigações da Polícia Civil.

“O programa cria a possibilidade de uso pleno das câmeras privadas de pessoas, condomínios, comércios. Todas elas integradas no COP para que a gente possa ter uma visão do que acontece na cidade. Enchente, assalto ou qualquer tipo de violência", acrescentou.

O programa foi visto com bons olhos por moradores da capital. Romulo Belfort, representante da Asssociação de Moradores do Buritis, na região Oeste da capital, disse que seu bairro vai aderir ao projeto. "Temos acompanhado desde o inicio do projeto. Achamos importante participar porque nosso bairro é muito bem conectado, principalmente na segurança. Tudo que a gente puder fazer para somar, nessa parte de segurança colaborativa, é importante sim", disse.

Inscrição

Para participar, os moradores que têm câmeras nas residências precisam procurar a empresa prestadora do serviço. Caso ela esteja cadastrada no sistema da prefeitura, basta o usuário autorizar o compartilhamento das imagens.

Até o momento, apenas três empresas fizeram o registro junto à PBH. “A proposta é de uma segurança colaborativa. Vamos ter a participação de comerciantes e moradores. Com isso, vamos ampliar o monitoramento de toda a cidade, contribuindo na segurança”, disse Georgia Ribeiro, diretora do COP-BH.

As câmeras que forem integradas à plataforma serão identificadas com uma placa, para que a população fique ciente que as imagens podem ser acessadas pelo departamento. A plataforma estará disponível no portal da prefeitura.