A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) fez a primeira entrada forçada em uma casa abandonada no bairro São Pedro, região centro-sul da capital mineira durante operação contra o mosquito Aedes aegypti, trasmissor da dengue, febre chikungunya e zika. O imóvel estava há quatro anos fechado.

Somente este ano, foram sete denúncias de vizinhos ao controle de zoonoses do município. A abertura do imóvel, que contou com ao auxílio de um chaveiro, durou cerca de 30 minutos e foi iniciada por volta das 9 horas.

A medida foi tomada após várias visitas, tentativas de contato com o proprietário e uma autuação no valor de R$ 2.100. Equipes da Defesa Civil, guarda e agentes de saúde fizeram parte da operação.

Um funcionário da Defesa civil precisou pular o muro do prédio ao lado para acessar a residência porque mesmo com a porta destrancada pelo chaveiro, uma barra de ferro impedia a entrada das equipes. "Isso mostra as dificuldades que nós teremos nos imóveis abandonados. Isso mostra que será um trabalho árduo, não é rápido mas precisa ser feito", disse o coordenador da Defesa Civil Alexandre Lucas.

O imóvel está localizado na rua padre Odorico e já abrigou uma boate. No local, foram encontrados vários pontos com potencial para acúmulo de água e desenvolvimento do mosquito da dengue. Dois recipientes tinham grande quantidade de larvas.

Segundo moradores, o proprietário do imóvel reside ao lado deste endereço. Após a entrada das equipes da prefeitura, a filha dele e um advogado chegaram ao local e tentaram proibir o acesso dos agentes e da imprensa.

Essa foi a primeira abertura de um imóvel com características de abandono, desde que a prefeitura resolveu endurecer o cerco contra o mosquito, devido à situação de emergência decretada há quase 60 dias. A ação tem como base uma medida provisória federal, publicada no dia 1 de fevereiro.

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