
Os prejuízos causados pelos cantores de música gospel suspeitos de estelionato em Minas podem chegar a R$ 150 mil. A informação foi confirmada pela Polícia Civil (PC) durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (9). O casal foi preso na última sexta-feira (6), em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eles tentaram resistir à prisão e chegaram a usar o filho, um bebê de aproximadamente 3 meses, como escudo humano.
As primeiras denúncias contra o casal começaram a ser registradas em maio de 2021. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Flávio Teymeny, um dos suspeitos informou em depoimento que a renda mensal da empresa do casal chegava a R$ 150 mil.
O esquema de pirâmide financeira, proibido por lei no Brasil, que era promovido pelo casal consistia em oferecer investimentos escalonados que iniciavam com lucros de 100%, no prazo de 40 dias; 200% em 140 dias; e, passados 210 dias, poderiam chegar a 300%, de acordo com a promessa. Segundo Teymeny, os dois suspeitos mantinham cerca de 12 grupos em um aplicativo de mensagens, e cada um deles tinha cerca de 250 participantes, o que indica que o prejuízo causado pela dupla "pode ser exorbitante".
O inquérito que apura o caso reúne ocorrências de Lagoa Santa, Vespasiano, São José da Lapa e Pedro Leopoldo, todos da Grande BH. O casal está sendo investigado por associação criminosa, estelionato e crimes contra economia popular e sistema financeiro.
Ostentação
Os suspeitos eram donos de uma plataforma de investimentos em criptomoedas e se apresentavam como corretores do mercado financeiro. O site da empresa apesentava cotações das principais moedas digitais existentes, como a famosa Bitcoin. Eles ostentavam uma vida luxuosa nas redes sociais, com mais de 120 mil seguidores nos dois perfis.
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