mais um aumento

Prepare o bolso: GNV fica mais 19% mais caro neste domingo

Da Redação
Portal@hojeemdia.com.br
01/05/2022 às 18:17.
Atualizado em 01/05/2022 às 18:28
A cada semana, operação será focada em produto de medição diferente (Maurício Vieira )

A cada semana, operação será focada em produto de medição diferente (Maurício Vieira )

Quem vai sair cedo para trabalhar nesta segunda-feira (2) pode tomar um susto ao abastecer o carro com o Gás Natural Veicular, o GNV. O aumento divulgado entrou em vigor neste domingo (1) e, segundo a Petrobras, vale até o dia 31 de julho.

Na sexta-feira (29), quando anunciou o reajuste, a estatal explicou que a variação do preço é calculada com base em fórmulas previstas em contratos públicos e divulgados no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). E leva em conta as variações do petróleo no mercado internacional e a taxa de câmbio.

Desde 2016, a Petrobras vincula os preços praticados no país aos do mercado internacional, tendo como referência o preço do barril de petróleo tipo brent, que é calculado em dólar. Em janeiro, ele custava US$ 82 ; chegou a US$ 130 em março, e se estabilizou próximo a US$ 105.

Os consumidores de gás de cozinha em botijões não vão sofrer nenhum impacto. Quem deve sofrer mesmo são moradores que consomem gás natural canalizado e, principalmente, motoristas com carros que utilizam Gás Natural Veicular (GNV). 

Mas o reajuste no preço final repassado ao consumidor ainda é incerto, já que, segundo a Petrobras, outros fatores pesam na tarifa como as margens de lucro das distribuidoras e dos postos de revenda, além de tributos federais e estaduais.

(Sarah Torres/Arquivo ALMG)

(Sarah Torres/Arquivo ALMG)

Em Belo Horizonte, o choro mesmo deve ser dos taxistas. O setor até comemora o crescimento de 40% nos últimos seis meses, em razão da onda de abandono de motoristas de aplicativos insatisfeitos com a baixa lucratividade do serviço e do valor mais atrativo das corridas de táxi, congelado há seis anos.

Mas 40% da frota de 14 mil táxis cadastrados no Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Minas Gerais (Sincavir-MG) abastecem com GNV (Gás Natural Veicular) e 60% são bicombustíveis (álcool e gasolina). Muitos associados reclamam que “o ganho é bom, mas metade fica na bomba.”  

De acordo com João Paulo de Castro, diretor-presidente do Sincavir-MG, que representa 20 mil taxistas na RMBH, “esse é um momento de reencontro com a população e afirmamos que não vai haver reajuste no setor, pelos menos, nos próximos meses”. É esperar para ver.

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