Presidente do Iepha é exonerado após operação que investiga esquema de corrupção na mineração em MG
João Paulo Martins foi citado na Operação Rejeito, que apura fraudes bilionárias em licenças de mineração
O presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), João Paulo Martins, foi exonerado do cargo após ter o nome citado na Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal para investigar um esquema de corrupção bilionário no setor de mineração.
Além dele, o chefe de gabinete Daniel Silva Queiroga também foi exonerado. As decisões foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quinta-feira (18). Edwilson Martins foi designado para responder interinamente pela presidência do Iepha.
Em nota, o Governo de Minas informou que não compactua com desvios de condutas de quaisquer servidores e preserva o direito ao contraditório e à ampla defesa.
“Todas as medidas administrativas cabíveis estão sendo tomadas, incluindo a exoneração e afastamento dos servidores do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) implicados em investigação da Polícia Federal (PF)”, relatou o Governo do estado.
Além disso, o Governo informou que a atual gestão do Iepha dará continuidade “às boas políticas públicas em andamento, assegurando a manutenção dos serviços e o fortalecimento da atuação do Instituto junto à sociedade mineira”.
Ex-superintendente da PF e diretor da ANM são alvos
A Polícia Federal (PF) prendeu, preventivamente, nesta quarta-feira (17), o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, e o ex-diretor da PF e atual diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Rodrigo de Melo Teixeira. Os agentes federais também estão cumprindo a 79 mandados de busca e apreensão.
Os dois foram presos no âmbito da Operação Rejeito, deflagrada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e a PF na quarta-feira (17), para aprofundar as investigações sobre supostas fraudes no processo de autorização da exploração de minério de ferro em Minas.
De acordo com a PF, a ação visa desmantelar uma organização que, segundo as investigações, teria lucrado pelo menos R$ 1,5 bilhão com atividades ilegais. Foram cumpridos 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva.
Além disso, a Justiça Federal determinou o afastamento de servidores públicos envolvidos, o bloqueio de R$ 1,5 bilhão em ativos e a suspensão das atividades das empresas participantes do esquema.
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