Visitas em algumas unidades prisionais de Minas Gerais estão suspensas neste sábado (11). O motivo é a paralisação dos agentes penitenciários, que ocorre desde o último fim de semana, de acordo com o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Minas Gerais (Sindasp-MG).
A greve continua mesmo após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) conceder liminar ao Governo do Estado e fixar multa de R$ 100 mil por dia de paralisação. A categoria assegura que a paralisação atinge 70% das unidades. Já a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que está mediando a situação nas cadeias em que famílias estão sendo proibidas de entrar.
Unidades como Nelson Hungria, em Contagem; Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves; São Joaquim de Bicas e o Centro de Remanejamento de Presos Centro-Sul (Ceresp), em Belo Horizonte, foram afetados. Os agentes penitenciários reivindicam pagamento do abono fardamento, lei orgânica para a categoria, além de outras demandas. Eles ainda registram presídios superlotados.
Na noite desta sexta (10), detentos do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, queimaram colchões e cobertores. Ninguém se machucou. O clima é de tensão na porta dos presídios neste sábado (11).
Uma série de rebeliões estão previstas em Minas durante o fim de semana como forma de repúdio a greve dos agentes penitenciários. Sem os agentes em campo, os presos perdem direitos, como visitas íntimas. Familiares de presidiários se mobilizam na porta das unidades. De acordo com a Polícia Militar, viaturas foram deslocadas para cada unidade prisional do Estado que está sob ameaça de rebelião.