UFMG E FIOCRUZ

Primeira vacina brasileira contra Covid-19, SpiN-Tec inicia testes em humanos nesta sexta em BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
22/11/2022 às 19:31.
Atualizado em 22/11/2022 às 19:38

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) começa a aplicar, nesta sexta-feira (25), as doses da vacina SpiN-Tec em voluntários cadastrados para participar dos testes clínicos. O imunizante é totalmente desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Minas) e da UFMG.

Uma cerimônia será realizada para marcar o início dos testes e, de acordo com a universidade, "equipes científicas responsáveis pelo desenvolvimento da vacina e pela condução dos testes vão detalhar as informações sobre a vacina e a nova fase de estudos".

Entre os presentes, a reitora da UFMG, professora Sandra Regina Goulart Almeida, e o ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo Cesar Rezende de Carvalho Alvim.

Quais as etapas dos testes?
Nas fases clínicas I e II são realizados testes primários e secundários. Nos primários, é avaliada a segurança da vacina, incluindo possíveis efeitos colaterais indesejados, como dor de cabeça, febre e náusea.

Já nos testes secundários, é verificada a imunogenicidade, que corresponde ao nível de anticorpos gerados e à resposta dos linfócitos, que, juntos, poderão garantir a proteção do organismo contra o novo coronavírus.

Contra as variantes
A SpiN-TEC faz a associação de duas proteínas: S e N, o que confere ao imunizante um diferencial em relação aos demais, que contemplam apenas a proteína S, associada à maioria das mutações do vírus e à eficiência dos anticorpos neutralizantes. Já a proteína N é menos sujeita às mutações que geram novas variantes.

Dessa forma, segundo a Fiocruz, a SpiN-TEC poderá oferecer proteção contra novas variantes da Covid-19. É uma vacina que atua na produção de anticorpos e também no nível celular, induzindo resposta de linfócitos T, células do sistema imunológico que atuam na resposta antiviral.

De acordo com Ricardo Gazzinelli, coordenador do estudo do imunizante no CTVacinas da UFMG, a ideia é que funcione como dose de reforço, uma vez que a maior parte da população já recebeu outras vacinas. "Nosso pedido à Anvisa é para testarmos a capacidade de resposta em relação a esse reforço contra a Covid-19", explicou o pesquisador.

Gazzinelli destacou ainda que, na fase pré-clínica, "não foi observado nenhum efeito colateral no local da aplicação ou alterações sistêmicas, como perda de peso ou mudança de temperatura. Além disso, foram verificados excelentes níveis de anticorpos, resposta de linfócitos T e proteção contra a infecção com SARS-CoV2 (novo coronavírus) nos animais de laboratório".

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