O clima é de festa no zoológico de Belo Horizonte. Há exatamente um ano, nascia Jahari, o desejado filhote do casal de gorilas Leon e Imbi. A nova cria roubou parte da atenção dada ao meio-irmão Sawidi, bebê de Lou Lou, que havia chegado ao mundo no mês anterior. O aniversário da dupla de gorilinhas – os primeiros nascidos na América do Sul – será comemorado neste fim de semana.

Os aniversariantes ganharão cupcakes nutritivos, e os visitantes assistirão a um vídeo sobre a história dessa ilustre família de primatas.

“Tudo que acontece na vida desse grupo é divulgado. As pessoas souberam quando os animais chegaram à Fundação Zoo-Botânica, acompanharam a gravidez de Imbi e Lou Lou e o nascimento dos filhotes. Fazer essa festa para o público nos pareceu o mais lógico”, afirma a bióloga Valéria Pereira, gerente da seção de mamíferos.

Motivos de festa

E o que não faltam são motivos para celebrar. Após a morte de Idi Amin e Kifta, em 2012 e 2013, respectivamente, muita gente achou que o zoo de BH não abrigaria, tão cedo, filhotes da espécie.

A chegada de dois primatas adultos, que vieram fazer companhia a Imbi, mudou o rumo da história. No início de 2014, a gravidez das fêmeas foi bastante comemorada na capital, bem como o nascimento dos filhotes, saudáveis, já no segundo semestre.


Filho de Lou Lou, Sawidi já tem 1 ano (Foto: Flávio Tavares/Hoje em Dia)

“Lou Lou foi a típica mãe ciumenta. Era só alguém se aproximar que ela escondia Sawidi com os braços”, lembra Valéria. Com o tempo, o filhote ganhou mais independência e se transformou em um gorila bastante inquieto. Cutuca todos os membros da família, mas sempre sob o olhar vigilante da mãe. Mais desprendida, Imbi também tem se mostrado muito amorosa com o bebê Jahari. “Ele é curioso, quer mexer em tudo”, conta a bióloga.

E, como era de se esperar, Leon foi um pai admirável nos últimos 12 meses. Nos primeiros dias, fazia carinho e cheirava os filhotes. Agora, faz questão de participar das brincadeiras dos irmãos.

Aprendizado

“Essa relação familiar é muito importante. Eles aprendem como é viver em comunidade e, no futuro, poderão reproduzir esse comportamento nos novos grupos que formarão”, explica Valéria.

Mas não há motivos para pressa. Apenas por volta dos 7 anos que eles poderão ser enviados a outros zoológicos do mundo para formarem a própria família. Até lá, continuarão sendo as estrelas do zoo de BH.
 

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