O professor Cristiano Mauro Assis Gomes, de 47 anos, uma das vítimas de intoxicação por dietilenoglicol provocada pelo consumo da cerveja Backer, voltou a ser internado em um hospital de Belo Horizonte, por causa de uma infecção.
A mulher dele, Flávia Schayer, postou uma foto do marido e a informação em uma rede social.
"Chegando para uma nova estadia. Mais um desafio para superar. Exames alterados. Iniciando pesquisa para descobrir a causa. Suspeita de CMV, Citamegalovirus. Já iniciando o tratamento para infecção bacteriana ou antivírus até sair o resultado dos exames".
Em setembro, Cristino foi submetido a um transplante de rim, órgão afetado por substâncias químicas encontradas na cervejas. O órgão foi doado pela própria esposa, Flávia Schayer, de 48. Ele recebeu alta médica do Hospital Felício Rocho, em 16 de outubro.
Em outra postagem, a mulher de Cristino se mostra confiante no tratamento e na recuperação do marido. "Vamos enfrentar e vamos vencer. Se ele sobreviveu ao veneno da cerveja da Backer, tenho certeza que Deus tem muitos planos para a vida aqui na Terra. Este vírus vai ser só mais um desafio a ser superado nesse ano de 2020. Ano que vem, 2021, tudo isso vai ter ficado para trás".
Denúncia
O juiz Haroldo André Toscano de Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, aceitou denúncia, do Ministério Público (MP), contra dez sócios e funcionários da Backer por envolvimento na adulteração de bebidas alcoólicas que provocaram dez mortes e deixaram outras 16 pessoas com lesões gravíssimas.
Os três proprietários da empresa foram denunciados por adulteração de bebidas alcoólicas, perigo comum e crimes tipificados no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Já sete engenheiros e técnicos encarregados da fabricação de cerveja e chope foram denunciados pelos crimes de lesão corporal grave e gravíssima, homicídio culposo, além dos crimes imputados aos sócios.