Professor da UFMG acusado de assédio moral e sexual tem indenização negada pela Justiça

Hoje em Dia
29/05/2014 às 12:18.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:47

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Francisco Coelho dos Santos, que no ano passado foi acusado de abuso moral e sexual, teve rejeitado na Justiça o pedido de indenização por dano moral e material. Após ser inocentado das acusações e retornar à sala de aula, ele requereu a compensação.   Segundo o advogado Italo Nicoliello, que representa o docente, o seu cliente entrou com processo contra o Centro Acadêmico de Ciências Sociais (Cacs) e alguns membros da direção. "Ele solicitou R$ 25 mil de danos morais e R$ 1,5 mil de danos materiais já que foi alvo de uma denúncia totalmente abusiva", disse.    O caso foi julgado pelo 10º Juizado Especial de Belo Horizonte e, em sua decisão, o juiz que analisou o caso alegou que qualquer um pode fazer denúncia e que isso não é suficiente para gerar dano moral. "Respeito a decisão, mas discordo. Por isso irei recorrer", contou Nicoliello.   Polêmica   A polêmica ocorreu depois que o professor falou "acho você uma mulher atraente e quero conversar com você na horizontal”, durante uma aula de sociologia. "Foi durante uma lição, ele deu um exemplo prático, corriqueiro, que qualquer estudante poderia entender. O caso foi levado como assédio. Denúncia contra meu cliente foi feita no Ministério Público Federal, na UFMG e no Ministério da Educação (MEC). A partir da denúncia, foi instaurado dois procedimentos administrativos e ele foi absolvido dos dois", relatou o advogado. Ainda conforme Nicoliello, o professor foi exposto moralmente, já que o caso tomou grande repercussão na mídia.   Denúncia   Estudantes do segundo período de Ciências Sociais da universidade alegaram, em outubro do ano passado, que o professor Francisco Coelho dos Santos estaria cometendo abusos nas aulas realizadas no Departamento de Sociologia e Antropologia. Uma das alunas gravou o momento em que o educador disse a polêmica frase, após a jovem questionar sobre o conteúdo da aula.   Por causa das denúncias, o doutor em sociologia pela Universidade de Sorbonne (Paris) foi afastado de suas atividades, na época. Ele trabalha na UFMG há 16 anos.

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