
Professores e servidores da rede municipal de ensino de Belo Horizonte continuam de greve após sexta reunião, sem acordo, com a Prefeitura (PBH). Em assembleia da categoria realizada nesta sexta-feira (1º), os trabalhadores decidiram pela continuação da paralisação, já que nenhuma proposta pelo executivo foi aceita.
Segundo a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), Vanessa Portugal, um novo encontro com o governo municipal foi marcado para a próxima terça-feira (5) para negociar o reajuste salarial exigido pela categoria, que está em greve desde 16 de março.
“Esperamos que, na próxima terça, a PBH apresente uma proposta que contemple o pagamento do piso nacional sem destruição da nossa carreira”. A diretora ainda ressaltou que a categoria se reúne novamente na próxima quarta (6).
De acordo com a PBH, o prefeito Fuad Noman (PSD), se comprometeu a estudar com a equipe técnica, novos desenhos e propostas para a categoria, desde que não haja comprometimento da saúde fiscal do município. O Sind-Rede confirmou a promessa do prefeito.
O sindicato rejeita a oferta do executivo alegando ser insuficiente para garantir o valor do piso nacional. O Sind-Rede explicou que o reajuste em BH precisa ser, no mínimo, de 23% e retroativo a janeiro de 2022, para não ficar abaixo do que determina a legislação.
O que diz a PBH
Segundo a prefeitura, a pasta sempre cumpriu com o pagamento do piso nacional dos professores e os reajustes advindos das negociações englobam valores superiores ao piso proporcionalizado.
De acordo com a PBH, a lei federal estabelece o piso para 40 horas trabalhadas e, como a jornada em Belo Horizonte é de 22h30 -menos de 5 horas diárias-, o pagamento é proporcional a esse quantitativo de horas.
“Valor médio pago em Belo Horizonte para 22h30 semanais : Professor municipal: R$ 4.202,68 / Professor para a educação infantil: R$ 3.104,98”, explanou a PBH em nota.
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