
Professores de escolas particulares de Belo Horizonte e cidades de abrangência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT-MG) podem suspender as atividades, por tempo indeterminado, nos próximos dias. Os educadores rejeitaram a contraposta de donos das instituições de ensino ,em negociações da campanha reivindicatória deste ano.
Neste sábado (14), a categoria irá se reunir em assembleia, organizada pelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) para discutir os rumos do movimento.
Para o Sinpro-MG, a contraproposta dos donos de escolas representam um desrespeito e uma exploração do trabalho docente, diante da sobrecarga de atividades e da pressão no ambiente profissional.
Segundo o sindicato, os donos de escolas querem, por exemplo, reduzir o valor do adicional por tempo de serviço, alterar férias e recessos e acabar com as bolsas de estudos para parcela expressiva da categoria.
Os professores reivindicam recomposição salarial de acordo com a inflação acumulada desde 2020 e um ganho real de 5% (total de 25,23%), manutenção dos direitos previstos na CCT, regulamentação do trabalho virtual, proibição da dispensa coletiva e da contratação precária, entre outros pontos de valorização profissional.
Os docentes avaliam que, caso o cenário não se altere, será necessário paralisar as atividades por tempo indeterminado. “Os donos de escolas insistem em precarizar as condições de trabalho da categoria, retirar conquistas históricas e desvalorizar a profissão docente. Não aceitaremos retrocessos, e isso foi reiterado pelos professores nas assembleias", afirmam.
Os professores prometem ampliar a mobilização para reafirmar a força da categoria. " Exigimos valorização profissional, porque somos nós, professores e professoras, que mantemos a qualidade da educação ofertada no setor privado de ensino”, ressaltou Valéria Morato, presidente do Sinpro-MG.