Abelha no quintal?

Projeto quer incentivar criação de espécies sem ferrão para ajudar na preservação

Da Redação
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Publicado em 13/11/2023 às 08:25.
Biofábrica fica no Parque das Mangabeiras, na região Centro-Sul (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Biofábrica fica no Parque das Mangabeiras, na região Centro-Sul (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Já pensou em criar abelhas no quintal de casa? Em Belo Horizonte será possível. Mas nada que ofereça risco a você, familiares ou vizinhos. Um projeto recém-lançado quer incentivar e preservar as espécies sem ferrão, nativas do Brasil e responsáveis pela polinização de mais de 90% da flora. Uma biofábrica acaba de ser instalada no Parque das Mangabeiras, na Serra, região Centro-Sul da capital.

Lá, a educação ambiental será trabalhada por meio de oficinas. A meta é instalar meliponários – locais onde os insetos são criados se forma racional –, construir jardins de polinização e realizar a destinação correta de colônias de abelhas nativas em unidades de conservação, promovendo também a recuperação de áreas degradadas. 

As oficinas irão ensinar visitantes a fazer as “iscas-pet”. Espécies de “ferramentas” para a captura natural e segura de enxames das abelhas sem ferrão. Dessa forma, os participantes poderão criar os próprios enxames em casa. Desde que o entorno da residência tenha alguma área preservada ou parque bem arborizado, todos podem criar os animais sem qualquer restrição de segurança.

Para participar das oficinas de “iscas-pet”, os interessados devem entrar em contato com a biofábrica através do e-mail biofabrica@pbh.gov.br, agendando a participação. 

O que vem por ai?

Outro meliponário será instalado no Centro de Educação Ambiental do Programa[/TEXTO] de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (CEA Propam), onde os trabalhos de preparação da estrutura já começaram. 

A segunda unidade funcionará no Bairro Castelo. No meliponário do CEA Propam há oito caixas, abrigando quatro espécies de abelhas sem ferrão: Miriam-preguiça, Mandaçaia, Marmelada-amarela e Jataí. 

Neste momento, as caixas de abelha Jataí estão na biofábrica do Mangabeiras para manejo específico, e deverão retornar ao CEA Propam na última semana de novembro. A expectativa é de que elas devam aumentar progressivamente à medida em que as colônias evoluam. 

Segundo Thiago dos Santos, responsável técnico pelo meliponário Biofábrica dentro da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a ideia de investir nesse projeto na capital partiu da constatação de que ele pode ser uma ferramenta crucial para a sobrevivência dos ecossistemas. 

“Quase 90% de todas as espécies selvagens de flores e outras plantas dependem totalmente, ou em parte, da polinização animal, ao lado de mais de 75% de todas as plantações de alimentos do mundo, além de 35% da terra agricultável do planeta. Diante desse cenário, vem a necessidade de se preservar e ensinar o porquê dessa importância para o cidadão”, disse dos Santos.

Segundo a PBH, a disseminação de meliponários pela cidade contribuirá para a melhoria da produção das hortas comunitárias e pomares, além de conscientizar a população da necessidade de conhecer e preservar essas espécies.

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