
Uma nova audiência do caso Fabíola está marcada para às 13 horas desta segunda-feira (2) no Fórum de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), serão ouvidas possíveis testemunhas do assassinato da menina de 12 anos que teve o coração arrancado por duas adolescentes de 13 anos. A previsão é que também sejam definidas as medidas socioeducativas que as suspeitas deverão cumprir.
As garotas aguardam a decisão do juiz no Centro de Internação Provisória São Jerônimo, no bairro Horto, na região Leste da capital, onde estão internadas e deverão ficar por três anos.
No último dia 21, a juíza da Vara da Infância e do Adolescente, Andrea Faria Menes, e o Ministério Público ouviram as duas adolescentes suspeitas do homicído e as mães. A audiência durou cerca de sete horas. O que foi falado no depoimento não pôde ser divulgado, uma vez que o caso corre em segredo de Justiça.
Crime
Fabíola Santos Corrêa foi brutalmente assassinada em um lote vago, em São Joaquim de Bicas, no dia 26 de maio. Segundo o delegado Enrique Solla, responsável pela investigação do crime, as duas adolescentes se tornaram as principais suspeitas depois que a mãe de Fabíola contou à polícia que a filha saiu com as duas colegas em 27 de maio e desapareceu. Naquele dia, as adolescentes atraíram a amiga para o interior da Mata do Japonês, na periferia da cidade, sob alegação de assistirem a um jogo de futebol.
No local, uma delas deu uma gravata e ameaçou Fabíola com uma faca, quando ela se debateu e se cortou gravemente. Ao verem a menina sangrando, as duas acabaram aplicando golpes de barra de ferro.
Depois, arrancaram o coração e um dedo do pé esquerdo da vítima. A ideia era levar os restos mortais e mostrar para as mães, alegando que elas estavam sob ameaça e haviam matado um traficante. Um menino de 8 anos chegou a enterrar as partes do corpo, que depois foram jogados no rio Paraopeba.
No dia 7 deste mês, um lavrador encontrou o corpo da menina já em adiantado estado de decomposição, com sinais de esmagamento e uma grande abertura no peito.
Ainda conforme o delegado, uma das adolescentes foi apreendida no dia 12 passado, quando confessou o crime e a outra foi detida no dia seguinte.