
A quarta testemunha do caso Ana Hickmann está sendo ouvida na sede do TJMG neste momento. A apresentadora, a cunhada, Giovana Oliveira, que estavam no momento do crime, e uma senhora já prestaram depoimento à juíza Ámalin Aziz Sant’ana.
Um membro do staff da apresentadora é quem conversa com a juíza agora. A quinta pessoa que deveria depor é o segurança do hotel onde o trio estava hospedado. No entanto, a testemunha não veio e será ouvida posteriormente.
Resta ainda colher o relato do perito contratado pela defesa de Gustavo Henrique Bello Correa, réu no processo pela morte de Rodrigo Augusto de Pádua, de 30 anos.
Ao final da oitiva, a juíza decidirá se é necessário escutar o depoimento do perito judicial responsável pelo caso. Segundo o TJMG, o profissional já está com os quesitos elaborados pela defesa e pela acusação do processo e deve enviar um parecer por escrito. Ele só será, de fato, ouvido, se o laudo com as respostas solicitadas pela justiça não forem devidamente esclarecidas.
Caso o laudo seja suficiente, será anexado ao processo, sem necessidade de depoimento do perito judicial. O próximo passo é ouvir o réu, Gustavo Correa. Após a audiência, a justiça decidirá se Gustavo será absolvido ou se o processo do cunhado da apresentadora irá à júri popular ou será julgado em uma vara criminal.
Relembre
Rodrigo de Pádua morreu após invadir o hotel em que a apresentadora e modelo Ana Hickmann estava hospedada em Belo Horizonte, em maio de 2016. O jovem, de 30 anos, era de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e parecia nutrir uma obsessão pela apresentadora.
No quarto em que a modelo estava, Pádua rendeu o empresário Gustavo Correa e a mulher dele, a assessora Giovana Oliveira. Armado, ameaçou atirar nas vítima, momento em que o empresário teria lutado com o rapaz, tomado a arma e atirado. Giovana acabou ferida. O homem morreu com um tiro na nuca. A apresentadora Ana Hickmann não teve ferimentos.
Na época, a Polícia Civil concluiu no inquérito que foi legítima defesa. Mas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) questionou a tese. Para a promotoria, o tiro da nuca de Rodrigo Pádua evidencia que o homem já estaria dominado e que o tiro poderia ter sido evitado. A promotoria então ofereceu denúncia à Justiça como homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar.
Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido de arquivamento do processo contra Gustavo Henrique Bello Correa.
Para esse tipo de crime, a pena pode chegar até 20 de prisão, mas pode ser reduzida caso seja comprovado que ele agiu sob forte emoção.
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