Combate às queimadas

Quase 2 mil alertas de incêndios que afetariam rede elétrica são registrados em Minas

Sensores térmicos ajudam a mapear focos de calor em tempo real

Do HOJE EM DIA*
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Publicado em 21/07/2025 às 13:24.Atualizado em 21/07/2025 às 15:30.
Dados são do Sistema de Monitoramento e Alerta de Queimadas (SMAQ), que identifica focos de calor a até 1,5 quilômetro das linhas de distribuição e transmissão da Cemig (Cemig / Divulgação)
Dados são do Sistema de Monitoramento e Alerta de Queimadas (SMAQ), que identifica focos de calor a até 1,5 quilômetro das linhas de distribuição e transmissão da Cemig (Cemig / Divulgação)

Mais de 1,8 mil alertas de incêndio próximos à rede elétrica foram registrados nos primeiros seis meses de 2025. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (21) pela Cemig, são do Sistema de Monitoramento e Alerta de Queimadas (SMAQ), que identifica focos de calor a até 1,5 quilômetro das linhas de distribuição e transmissão da companhia. 

No mesmo período de 2024, ano com o maior número de ocorrências já registrado pela Cemig, foram emitidos 4.073 alertas. Ao longo de todo o ano, o sistema detectou 18.969 focos de incêndio próximos às linhas de alta tensão.

Com base nos alertas emitidos, o Centro de Operação da Distribuição (COD) da Cemig realiza o acionamento das equipes em campo para inspecionar as áreas com indicativo de focos de incêndio, e atuarem caso haja alguma queimada trazendo riscos à rede elétrica, principalmente linhas de alta tensão.

O meteorologista da Cemig, Arthur Chaves, explica que o SMAQ utiliza sensores térmicos embarcados em satélites orbitais para mapear focos de calor em tempo real.

“As informações são então processadas e filtradas, através de algoritmos próprios, com as coordenadas georreferenciadas da infraestrutura elétrica da empresa, permitindo uma resposta precisa e ágil”, detalha.

Uma equipe de meteorologistas monitora as condições climáticas de 774 municípios mineiros. Com base no monitoramento, são emitidos boletins e alertas que permitem a mobilização de equipes com até quatro horas de antecedência para as regiões mais vulneráveis.

Além de proteger a infraestrutura elétrica, a iniciativa busca mitigar os impactos sociais das queimadas. Interrupções no fornecimento de energia podem afetar hospitais, sistemas de abastecimento de água, bancos, centros comerciais e indústrias.

“Com estes alertas, o COD aciona as equipes de campo para realizar inspeções diretamente no ponto de risco para o sistema elétrico, evitando inspeções em toda a extensão das linhas de distribuição de alta tensão, que possuem muitas vezes dezenas de quilômetros de extensão”, afirma o engenheiro de ativos da Cemig, Taumar Morais. 

*Com informações da Agência Minas 

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