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Terça-Feira,30 de Abril

Quase 60% das cidades de Minas em situação de alerta ou risco contra o Aedes

Alessandra Mendes
amfranca@hojeemdia.com.br
24/11/2016 às 23:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:48

Quase 60% dos municípios mineiros analisados no âmbito do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado pelo Ministério da Saúde, encontram-se em situação de alerta ou risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Isso significa que esses locais apresentam altos índices de criadouros do mosquito, vetor das três doenças. 

Das 138 cidades pesquisadas, 80 estavam com taxas de infestação acima do que é considerado satisfatório. Sete municípios estão em situação mais grave, sendo que Mutum, no Vale do Rio Doce, é a que apresenta o pior resultado, com 10,2. Ou seja, para cem locais pesquisados, dez estão infestados.

O percentual de cidades mineiras que encontram-se em estado de alerta e risco é maior que a quantia em mesma situação em todo o país. No Brasil, 37% das localidades pesquisadas se enquadram nessas categorias. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério, que anunciou a possibilidade de que o LIRAa passe a ser obrigatório para municípios com mais de 2 mil imóveis a partir de 2017.

Atualmente, o levantamento é feito a partir da adesão voluntária das prefeituras. Das 3.704 cidades que estavam aptas a realizar o estudo, 62,6% (2.284) participaram da edição deste ano. 

Vinte e duas capitais foram inseridas na pesquisa, entre elas Belo Horizonte, que foi enquadrada em situação satisfatória com relação aos índices de infestação do mosquito. Durante a divulgação dos dados, o Ministério da Saúde ainda anunciou a campanha deste ano para combate ao Aedes aegypti. 

Prevenção
O foco, desta vez, serão as possíveis sequelas em caso de chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do vetor para diminuir as chances de contrair tais doenças. 

O depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas, garrafas, piscinas e calhas, foi o principal tipo de criadouro encontrado na região Sudeste. O alerta é importante porque a expectativa é que haja um aumento dos casos de chikungunya. 

“Para este ano, esperamos uma estabilidade nos casos de dengue e zika. Como chikungunya é uma doença nova, e muitas pessoas ainda estão suscetíveis, pode ocorrer aumento de casos ainda este ano. Porém, para o próximo, também esperamos estabilização dos casos” afirmou o ministro Ricardo Barros.

Além do conhecido Dia “D”, que será realizado em 2 de dezembro, quando há mobilização nacional, serão realizadas ações para lembrar que toda sexta-feira é dia de eliminar criadouros do Aedes. A campanha traz como foco “Sexta sem mosquito. Toda sexta é dia do mutirão nacional de combate”.

Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde informou que as ações de controle das doenças são permanentes, ocorrendo durante todo o ano, com mobilizações e oficinas nas escolas. Uma nova campanha no Estado está em fase de elaboração e será lançada nas próximas semanas.

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