
A greve dos trabalhadores de transportadoras de valores começa a provocar desabastecimento de dinheiro em Belo Horizonte.
Segundo o sindicato da categoria, R$ 60 milhões deixaram de circular na capital, nos últimos dois dias, em função da paralisação de funcionários de uma grande empresa do setor. Caso haja a adesão de seis outras companhias que atuam na cidade, o montante pode chegar, diariamente, a R$ 200 milhões.
No quinto dia útil do mês e às vésperas de um feriado nacional, a preocupação é que falte reais nos caixas eletrônicos. O comércio também teme prejuízos a longo prazo. “Todas as empresas do setor já receberam aviso de estado de greve e podem aderir hoje à paralisação iniciada na Proforte”, diz o presidente do Sindicato dos Empregados de Transporte de Valores de Minas Gerais (Sintrav-MG), Emanoel Sadir.
Compras em dinheiro
Dependem do serviço bancos e caixas eletrônicos, principalmente, além de casas lotéricas, redes comerciais, lojas de departamento, postos de gasolina e supermercados. Segundo a Associação Mineira de Supermercados (Amis), 49% dos mineiros pagam suas compras em dinheiro.
“No curto prazo, o impacto é pequeno. Mas se a greve perdurar, certamente os problemas vão aparecer para consumidores e lojistas”, avalia o economista da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio Minas), Gabriel Ivo.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Valores de Minas Gerais (Setvemg) e aguarda marcação de audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho. A Proforte não comentou o assunto.
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