(RENATO COBUCCI/ARQUIVO HOJE EM DIA)
Apesar de as ocorrências de incêndio em reservas florestais de uso sustentável aumentarem 50% neste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, os recursos destinados ao combate às chamas permanecerão congelados em Minas.
No ano que vem, o governo do Estado aplicará R$ 26 milhões em ações preventivas e de controle do fogo. O valor é o mesmo de 2012.
Neste ano, foram destruídos 42 mil hectares nas unidades de uso sustentável – aquelas com presença da iniciativa privada. Em 2011, a área afetada foi de 28 mil hectares.
A subsecretária de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado, Marília Carvalho de Melo, minimiza a estagnação dos recursos. Ela ressalta que a iniciativa privada tem ajudado com projetos e fornecimento de pessoal e material.
Mais ajuda
Segundo Marília, o aumento do número de brigadistas é uma das ações previstas para 2013. A expectativa é a de que a quantidade de voluntários passe de 40 para 700. Eles recebem em torno de R$ 700 por mês.
Desde 2009, o Estado treinou 2.730 brigadistas voluntários para ajudar no controle a incêndios florestais. Somente neste ano, foram 712 novas adesões. “São pessoas da comunidade que ajudam no combate e na prevenção, dando dicas de como evitar esses incêndios”, afirma Marília.
Crimes
Ela faz um alerta. Pelo menos 75% dos incêndios registrados em 2012 foram criminosos, sendo 38 mil hectares de área destruída localizados nas regiões Central, próximo a Curvelo, e no Norte de Minas.
No ano que vem, essas duas regiões vão ganhar 16 unidades avançadas de combate a fogo, além de contar com 85 bombeiros e 20 policiais militares, que vão atuar na fiscalização das queimadas.
O Plano de Ação para 2013 foi apresentado ontem em Belo Horizonte, no 2º Workshop da Força Tarefa Previncêndio.