Redação é o principal desafio de quem vai prestar o Enem no domingo; confira dicas

Mariana Durães
mduraes@hojeemdia.com.br
03/11/2018 às 06:00.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:35
 (Divulgação)

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Uso incorreto da língua portuguesa, fuga total do tema e cópia de textos motivadores. Esses são alguns dos fatores que podem zerar a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece neste domingo em todo o país. Quem não pontua fica de fora dos processos seletivos de instituições, do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e do Programa Universidade Para Todos (Prouni).

No ano passado, dos 4,7 milhões de redações corrigidos, mais de 300 mil não receberam um ponto sequer. Educadores reforçam a importância de se estar atento ao manual do aluno. A principal dica é garantir que o texto siga a estrutura dissertativo-argumentativa.

Além da produção escrita, os mais de 5,5 milhões de candidatos deverão testar os conhecimentos em linguagem e ciências humanas, neste primeiro dia de testes. O exame continua no próximo dia 11, com ciências da natureza e matemática.

Examinadores passam por duas capacitações, on-line e presencial, para correção das provas do Enem

O guia do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) traz uma lista do que é passível de anulação. O item “desrespeito aos direitos humanos” foi retirado em 2017, mas ainda pode zerar uma das competências, resultando na perda de 200 pontos.

O manual deixa claro que números ou sinais gráficos fora do texto também invalidam a prova. Além disso, há mais rigor na regra que proíbe produções “predominantemente em língua estrangeira”.

Dominar a escrita é fundamental. Segundo o coordenador pedagógico do Vetor Vestibulares, Rubens César Carnevale, que participou de correções por três anos, as exigências serão maiores neste ano. “O aluno tem que ser usuário do idioma. Não precisa ser especialista, não tem que saber nomenclatura, mas tem que saber usar”, diz.

Outros motivos

O material que não tiver no mínimo sete linhas será considerado insuficiente. O mesmo vale para a folha deixada em branco, mesmo que tenha conteúdo escrito no rascunho.

No caso dos textos motivadores da proposta de redação ou apresentados no caderno de questões, os mesmos deverão servir só como inspiração. Provas com nome, assinatura, apelido ou rubrica fora do local adequado também serão anuladas.

A correção considera imprópria a produção que tiver partes “desconectadas”, como reflexões sobre o próprio processo de escrita e bilhetes destinados à banca avaliadora, além de mensagens de protesto, orações, citações religiosas, trechos de música, de hino ou de poema que estejam desarticulados da argumentação.

(*) Com Agência BrasilEditoria de Arte

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